A iniciação sexual tem ocorrido cada vez mais precocemente. O objetivo do presente estudo baseia-se em relatar o perfil e os fatores precursores associados a sexarca de gestantes, residentes na favela Sururu de Capote, bairro de extrema miséria no município de Maceió, estado de Alagoas. Trata-se de um estudo observacional descritivo, com gestantes atendidas pelo complexo de saúde da Comunidade Espírita Nosso Lar, entre os meses de junho a novembro de 2018. Para análise de dados, quanto ao perfil sociodemográfico, clínico e de saúde, aplicou-se a estatística univariada descritiva. Afim de avaliar a associação entre as variáveis numéricas foi realizado teste de correlação linear de Spearman. Os resultados mostraram uma predominância de jovens, com idade acima de 19 anos (68,8%) na gestação atual, pardas (54%), pouco escolarizadas (81%), solteiras (56,2%), residindo com até 3 pessoas, em casebres de alvenaria e banheiro. A grande maioria não relatou qualquer tipo de deficiência física (96,7%), ou porte de doenças e agravos (93,75%). Doenças crônicas como diabetes e hipertensão arterial estiveram presentes em apenas 6,4% das entrevistadas. Iniciaram a vida sexual entre 12 e 18 anos (93,8%), tornando-se mães ainda na adolescência (75%), com pelo menos um filho (43,7%), histórico de uso de drogas (62,5%) e aborto (25%) durante a gravidez. A maior parte (51,4%) não planejou engravidar. Nas análises de associação, as variáveis idade, escolaridade e etnia influenciaram na idade de início da relação sexual. A vulnerabilidade social atual, juntamente com o alarmante número de casos de gravidez adolescência, faz refletir para a necessidade de planejamento e estratégias de assistência sociais e de saúde que auxiliem a vida local.
Introdução: A transição para a parentalidade é um processo diverso em cada gestante. Muitos fatores interferem esse decurso, como as representações maternas quanto ao bebê e, principalmente, as faltas e necessidades maternas. Objetivo: Compreender as carências apresentadas por um grupo de gestantes, categorizando e correlacionando suas respostas com diferentes bases teóricas. Metodologia: Consistiu em uma pesquisa de dados primários, com enfoque qualitativo e transversal. Participaram 32 gestantes frequentadoras da Comunidade Espírita Nosso Lar, uma associação filantrópica de Maceió- AL. A coleta de dados foi feita através de uma entrevista semiestruturada, a qual o protocolo de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Centro Universitário CESMAC. Foi utilizada a pergunta norteadora “O que você sente falta durante esse período de gestação?”, suas respostas foram analisadas e agrupadas em categorias, a partir das representações das carências apresentadas durante a gestação. Resultados e Discussão: As respostas foram categorizadas em quatro nichos: Impacto nas Relações Afetivo Familiares, Não Pertencimento, Saúde, Corpo e Privação de liberdade e Aspectos Financeiros. O suporte familiar e conjugal foi apontado como pilar para o bem-estar materno-fetal, pois confere apoio emocional e minimiza os eventos estressantes na gravidez. Muitas respostas encaixaram-se no eixo do “não-pertencimento”, um quadro de indiferença materna resultante de alguma intercorrência na gestação, que pode gerar impactos psicológicos e orgânicos sérios à criança. No terceiro grupo, observou-se que, apesar de cientes das transformações advindas da gravidez, algumas mulheres sofrem inseguranças e insatisfações diante das mudanças corporais e de sua liberdade, interferindo em sua relação com si, com seu parceiro e seu filho. As respostas de cunho financeiro denotaram a tristeza pela baixa possibilidade de projeções futuras, como a precariedade da casa e de bens materiais. A essa conjuntura são atrelados impactos sociais e emocionais, que aumentam a tensão, frustração e geram ressentimento em relação a gravidez. Conclusão: A sensação de falta é um aspecto que engloba diferentes vieses na gestação e precisa ser abordado cautelosamente com o profissional no acompanhamento pré e perinatal, de forma a evitar consequências severas na vida das pacientes e de seus filhos.
RESUMOAs enteroparasitoses são infecções originadas por protozoários e helmintos que acometem o trato digestivo dos seres vivos, e estão associadas a fatores como ausência ou déficit de condições sócio-econômicas, ingestão de água contaminada e estado nutricional precário. Apesar de a infecção atingir as mais variadas idades, as crianças constituem um grupo de alto risco quando se trata de parasitos intestinais principalmente por ainda não apresentarem noções de higiene formada e sistema imunológico em desenvolvimento. O objetivo desse projeto baseia-se na descrição do perfil epidemiológico de parasitoses intestinais de crianças em creches no município de Maceió -AL. A amostra esperada da pesquisa era de aproximadamente 50 crianças. No entanto, devido a entraves, obtivemos 27 amostras, em um intervalo de idade entre 1 a 11 anos, sendo encontrado positividade para enteroparasitose 14 (51,85%) crianças. Dessa forma, a baixa adesão e a falta de conhecimento prévio dos responsáveis em relação ao exame parasitológico de fezes são fatores que impedem a detecção rápida desses microrganismos, o que faz com que a infecção se perpetue por um longo período, desencadeando a proliferação e o aparecimento dos sintomas.
A pandemia instituída pela Organização Mundial de Saúde (OMS), devido ao surgimento desenfreado da cepa Sars-Cov-2, já existente, porém, não tão presente e/ou conhecido no meio, da família Coronaviridae, desencadeou um número elevado de infectados a nível mundial, principalmente de profissionais de saúde, e morte de milhares de pessoas. O objetivo é identificar os impactos causados durante esse período na saúde mental dos profissionais de saúde que atuam no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Maceió-AL. A pesquisa foi realizada com esses profissionais, no Centro Universitário CESMAC, através de formulários online via Google forms. Os questionários foram divididos em três partes: a primeira tem a finalidade de avaliar a relação entre trabalho exercido e o medo de contrair a COVID-19, incidência de sintomas ansiosos e/ou depressivos durante a pandemia, entre outros; a segunda e terceira partes são utilizadas para aplicação do Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9), para rastreamento de depressão, e o General Anxiety Disorder-7 (GAD-7), para a frequência de sintomas ansiosos, nas últimas semanas. Os participantes da pesquisa apresentaram média de idade de 38,5 anos (DP: 10,5) e eu os mesmos apresentaram e desenvolveram com mais frequência ansiedade e depressão nesse período, principalmente naqueles que com idade menor, além de aumento no consumo de álcool, principalmente entre os profissionais do sexo masculino. Diante dos dados encontrados, faz-se necessária a busca por estratégias de orientação e prevenção quanto à saúde mental desses profissionais.
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