Este artigo tem por objetivo discutir a formação continuada de docentes do ensino superior, considerando seus atuais desafios e dilemas e como estes têm sido convergidos e superados nos espaços coletivos construídos em algumas Instituições de Ensino Superior (IES). Compreende-se a educação como operadora de mudança, como espaço de formação cidadã, que considera os afetos e as subjetividades, nesse sentido, ela está impossibilitada de qualquer tentativa de neutralidade, seja nos espaços institucionais, nos objetivos das discussões, nas formações promovidas ou na forma de vínculos trabalhistas. Assim, a formação continuada de professores do ensino superior, entendida como continuidade da formação profissional, tem possibilidades de promover novas reflexões e meios de desenvolver e aprimorar o fazer profissional, de modo a repensar as necessidades institucionais e sociais. Notamos que as inovações didático-pedagógicas contribuem em determinados contextos, mas não se sustentam sem a reflexão sobre a função da educação na sociedade. A valorização da experiência prática que considere a importância de complementação didático-pedagógica e a convivência de profissionais experientes com iniciantes também são práticas que favorecem o processo da formação continuada dos docentes.
Este artigo é resultado do diálogo acerca das reflexões realizadas por ocasião do aniversário de implementação do Estatuto Geral das Guardas Municipais, Lei Federal 13.022/2014, e as observações feitas nos últimos anos como gestoras públicas em segurança pública. Pretende-se contextualizar as mudanças promovidas pelo Grupo de Trabalho de Segurança Urbana do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC no âmbito da formação das guardas civis municipais da região a partir da implementação do Centro Regional de Formação em Segurança Urbana. A intenção é discorrer sobre o desenho e a implementação desse processo. Espera-se que este artigo possa contribuir para a reflexão sobre políticas públicas para formação das guardas municipais no país.
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