A pós-modernidade está saturada de forças que não pertencem a nenhuma geografia. As fronteiras culturais desaparecem diante da avalanche de informações que circulam de forma intercontinental. Observar o que está dentro e o que está fora de uma determinada cultura é um dos desafios de quem se propõe a traduzir as relações interculturais em nosso momento histórico. Não se trata apenas de localizar as fronteiras interculturais, mas, ao invés e também, pensar no próprio conceito de cultura como expressão da diferença em um sentido não reacionário. Deste modo, o objetivo geral deste artigo é analisar o trabalho de tradução intercultural em um contexto pós-moderno. Estamos diante de um ensaio teórico. Inicialmente, descrevemos os movimentos sociais pós-modernos e sua agenda estruturante. Em seguida, observamos as micro relações que nos permitem pensar nas fronteiras subjetivas interculturais, no que se refere à transparência e ao poder que age na positividade, nos agenciamentos desejantes. Posteriormente, discutimos o trabalho de tradutor intercultural diante do que sobra, o flerte com o poder, a cartografia.
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