Esta pesquisa teve o objetivo de avaliar o conforto térmico humano em dois aglomerados informais da cidade de São Luís – Maranhão no ano de 2020, período caracterizado por medidas de isolamento e distanciamento físico. Para mensurar as zonas térmicas de conforto dos habitantes locais foi usado o método horário de graus-dia por meio das equações de DeDear e Brager e Humphreys, e o Normalized Difference Vegetation Index (NDVI) e a Temperatura de Superfície Terrestre (TST), obtidos por meio de imagens orbitais. Os resultados dessas equações apontam que não houve necessidade de resfriamento em nenhum dia do ano analisado. Na maior parte do período os dias foram caracterizados com zona térmica confortável, com destaque para alguns dias com necessidade de aumento da temperatura do ar para melhorar a sensação térmica de conforto na área urbana de São Luís. No entanto, os resultados da distribuição espacial da TST mostram altas temperaturas próximas de 30°C (graus Celsius) nas áreas de adensamento urbano, confirmado pelo mapeamento do uso e da cobertura do solo da região, obtido por meio do NDVI. Esses altos valores ocorrem devido às mudanças locais ocorridas com o uso de materiais construtivos que absorvem boa parte da energia radiante e aquece os ambientes residenciais, causando sensações térmicas desconfortáveis. Nessas áreas se faz necessário a adoção de medidas de amenização térmica para que o ambiente se torne mais confortável.
O presente trabalho teve o objetivo de correlacionar variáveis meteorológicas (precipitação pluviométrica e temperatura média do ar) a casos notificados de dengue em cidades do estado da Paraíba, no período de 2007 a 2017. O estado da Paraíba apresenta variabilidade climática decorrente de fatores físicos e atmosféricos e as variações dessas variáveis geram condições que favorecem o aumento de criadouros, consequentemente o desenvolvimento do vetor Aedes Aegypti e o surgimento de doenças transmitidas por esse mosquito, como a dengue. Para tanto, foram usados dados epidemiológicos obtidos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e dados meteorológicos da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (AESA) e do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Posteriormente, esses dados foram espacializados no software Quantum GIS versão 2.14, através do método IDW de interpolação. Os resultados mostraram baixa correlação entre as duas variáveis meteorológicas e os casos notificados de dengue nas mesorregiões do estado. Constatou-se baixa correlação entre a temperatura do ar e os casos notificados de dengue em todas as mesorregiões do estado em todo o período de estudo, e moderada correlação entre casos notificados de dengue e precipitação pluviométrica em metade do período. Destacam-se as mesorregiões Borborema e o Sertão por apresentar quadros epidêmicos em sete dos onze anos analisados. Esta condição pode ser justificada pela crise hídrica devido a variabilidade climática, no entanto, se faz necessário analisar outros aspectos relacionados a proliferação do vetor, como questões socioeconômicas, com poucos estudos voltados a temática para essas mesorregiões.
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