A presente investigação, cuja tipologia por delineamento é designativa de uma Pesquisa Bibliográfica, debruça-se sobre a produção científica relativa às Diretrizes Curriculares para a Educação Física (DCNEF), objetivando apreender as circunstâncias históricas que estruturam o embate existente no campo da formação e, por conseguinte, intervenção profissional nesta área. Utiliza-se a base dados P@rthenon para levantamento da produção e, posteriormente, identifica 23 artigos, publicados em diversificados instantes e periódicos, classificados em três condicionantes: a) Elaboração das DCNEF; b) Resolução CNE/CES nº 07/2004; c) Minuta de 2015. O esforço de síntese identifica que passa a existir, entre os dois últimos condicionantes, tanto uma tendência de readequação da divergência de posicionamentos, como também uma lacuna evidenciada na produção científica ante o número restrito de pesquisas que, após a promulgação da Minuta de 2015, vislumbram subterfúgio ao direcionamento dado a formação e intervenção na área desde as duas últimas décadas.
O presente estudo caracteriza-se como uma pesquisa bibliográfica objetivada a compreender o sentido dado à dinâmica curricular a partir das nuances sócio‐político‐culturais que se protagonizaram nos Estados Unidos da América durante o primeiro meado do século passado. Configura-se em cinco tópicos consequentes, a partir de um espectro histórico, que discorrem desde o processo de institucionalização da educação em massa, fomentador do surgimento da Teoria Curricular Tradicional (primórdios do século passado), até o momento de crise da proposta curricular de Tyler (meados do século XX). Também é alvo de especulação deste estudo, no decorrer do trajeto histórico considerado, evidenciar as contribuições de Dewey e Bobbit frente à Teoria Tradicional do Currículo. O esforço de síntese paira sobre o desfalecimento desta perspectiva curricular frente à necessidade humana pela reconfiguração do abarrotado cenário educacional norte-americano.
O presente artigo objetiva justapor o campo do currículo escolar à categoria de análise gramsciana ideologia. Da apresentação introdutória sobre o conceito de hegemonia, o texto investe, na segunda seção, sobre a concepção da categoria ideologia em Gramsci, evidenciando como tal categoria é prerrogativa à consolidação de processos hegemônicos, tendo-se em conta a simbiose assumida entre aparelhos privados de hegemonia, enquanto responsáveis pela confecção de projetos ideológicos, e Estado (em acepção restrita constitutiva da sociedade política), responsável pela afirmação de hegemonias. A terceira seção é dedicada ao currículo escolar: nela o componente educacional como aparelho privado de hegemonia e, não obstante, o currículo escolar, são afirmados como difusores privilegiados de projetos ideológicos e de processos hegemônicos diversos. O esforço de síntese resgata o movimento educacional e curricular do século XX como expressão legítima da disputa travada no entorno da sociedade civil e da sociedade política por intelectuais orgânicos representativos de projetos de sociabilidade distintos (e muitas vezes opostos).
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