O estudo teve como objetivo analisar o perfil dos docentes na formação de graduação médica no Piauí, considerando o crescente número da oferta de vagas para ingresso no curso. Baseado nas informações disponibilizadas nos sites das escolas médicas, os nomes dos docentes foram coletados e, posteriormente, verificado o perfil por meio do currículo cadastrado na plataforma Lattes, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Para contemplar a análise, foram analisadas as seguintes informações: vínculos e tempo de experiência docente, gênero, formação e titulação acadêmica. As informações foram organizados em planilhas no Excel. Dos 315 currículos acessados, 140 docentes são do sexo feminino e 175 do sexo masculino. Com relação a formação acadêmica, 211 são médicos, 89 de outras formações, 15 não tinham registro. Sobre a titulação acadêmica, 123 são doutores, 77 mestres, 95 especialistas, 4 pós doutores e 16 sem registro. Sobre o tempo de docência, obtivemos que haviam docentes com 10 anos de docência, 1 e 5 anos, 5 a 10 anos de docência e profissionais com até 1 ano de experiência de sala de aula, alguns não constam dados. Nos vínculos de trabalho, obteve-se profissionais com 1 e 3 vínculos, 4 e 6 vínculos, mais de 6 vínculos profissionais, outros sem registros. Através da análise do perfil dos docentes foi possível traçar um panorama para a identificação das fragilidades no processo de formação médica no Piauí, para que seja possível solucioná-las e egressar médicos com o perfil que é preconizado pelas Diretrizes Nacionais Curriculares.