RESUMO -Os hidrogéis de quitosana são estruturas tridimensionais poliméricas que podem apresentar em sua estrutura um agente reticulante. Com o intuito de melhorar a estabilidade em soluções ácidas e facilitar o reuso do adsorvente a modificação de hidrogeís se torna viável na remoção de corantes em efluentes. O objetivo deste trabalho foi obter hidrogéis a base de quitosana, realizar a modificação com carvão ativado e verificar seu comportamento cinético na adsorção de corantes em sistema binário. Os hidrogéis, com e sem adição de carvão ativado foram liofilizados e após, caracterizados quanto a seu grau de intumescimento e força de gel. O estudo cinético foi realizado utilizando os corantes alimentícios azul brilhante e vermelho n° 40, agitados a 100 rpm à temperatura ambiente. Os dados experimentais foram ajustados ao comportamento cinético através dos modelos pseudoprimeira ordem, pseudossegunda ordem e Avrami. As capacidades de adsorção foram de 204 mg g -1 e 175 mg g -1 para o hidrogel sem e com carvão, respectivamente. O modelo de Avrami foi o que melhor se ajustou aos dados (R 2 >0,95 e EMR>7%).

RESUMO -O processo de adsorção vem ganhando destaque como alternativa para a remoção de corantes de efluentes. A quitosana, um biopolimero proveniente de fontes renováveis, biodegradáveis e biocompatíveis, vem ganhando notoriedade por sua eficiência na remoção dos corantes alimentícios em efluentes industriais. Os hidrogéis são estruturas de redes poliméricas formadas através de ligações cruzadas, sendo capazes de absorver água e permanecer insolúvel. Desta forma, este trabalho tem como objetivo obter e caracterizar diferentes hidrogéis à base de quitosana, e verificar o comportamento de equilíbrio nas diferentes condições da adsorção do corante alimentício azul brilhante. A caracterização do hidrogel foi feita através da análise do grau de intumescimento, força do gel e MEV. Os experimentos foram realizados com hidrogel liofilizado com e sem a adição de carvão ativado. As isotermas de adsorção foram realizadas variando a temperatura (25, 35 e 45ºC) e a concentração de corante (50, 100, 200, 300, 400 mg L -1 ). Os dados experimentais foram ajustados ao modelo de Lamgmuir (R 2 >0,98 e EMR<5%). As máximas capacidades máximas de adsorção foram à temperatura de 25ºC com os valores de 1306 e 1428 mg g -1 para os hidrogéis sem e com carvão, respectivamente. INTRODUÇÃOOs corantes artificiais são muito utilizados pelas indústrias alimentícias para conferir, intensificar cor a determinados produtos, visando sua maior aceitabilidade pelo consumidor. Esses aditivos alimentares quando lançados no meio hídrico podem apresentar caráter potencialmente tóxico e cancerígeno, sendo capaz de interferir nos processos fotossintéticos no meio ambiente devido à ações adversas que essas substâncias podem causar (Koprivanac e Kusic et al., 2008;Mittal et al., 2007).A adsorção é um métodos mais utilizados para a remoção de corantes alimentícios, devido a seu baixo custo inicial, facilidade de operação e eficiência em relação aos métodos convencionais (oxidação, coagulação/floculação, coagulação eletroquímica, tratamento biológico, entre outros), que são de alto custo ou tecnicamente complicados (Demirbas et al.,2009). Um adsorvente promissor para a remoção de corantes em soluções aquosas é a quitosana (Crini e Badot et al., 2008). Este biopolímero apresenta versatilidade, devido as