In this paper we discuss the main methodological issues raised by a research project we carried out between 2012 and 2013 about Italian queer 'creative' migration in Berlin, focusing on the tensions among mobility/movement, desire, bodies, affects and fieldwork. Following an increasing international debate on the topic, the contribution discusses the (im)possibility to develop a queer method or methodology. We stress how 'queering' methodologies and methods is not an ontological position pre-assumed when conducting research with queer-identified subjects, but is a process of dismantling taken-for-granted, stable, monolithic categories and identities. In order to do so, the paper discusses positionalities, situated knowledge and the different interactions --with both human and non-human actors --shaping the field. Through analysing body performances in the terms introduced by Taylor, 'a politics of becoming' emerges as a way to consider the relation between sexualities and spaces. The 'objects' of our research, that is, queer migrants, can thus be reframed following Braidotti's conceptualisation of the 'nomadic subject' and Deleuze and Guattari's 'desiring machines'. Since they are shaped by affects, personal trajectories are exceptional and unique, composing new territorial materialities.
A antropologia das emoções constitui um campo consolidado de pesquisa e reflexão nas ciências sociais. Em artigo recente, Ceres Victória e Maria Claudia Coelho (2019) analisam os modos como as emoções passaram a constituir uma área autônoma de estudos na antropologia na década de 1980, sob a influência de Michelle Rosaldo, Catherine Lutz e Lila Abu-Lughod. A importância dessas autoras estrangeiras é imensurável no que se refere aos modos como se organizou a disciplina no Brasil, muito especialmente a partir da noção de "contextualismo", que indica que mais do que possuidoras de características essenciais, as emoções precisam ser interpretadas de acordo ao contexto de sua enunciação, sendo capazes de organizar "micropolíticas", isto é, alterar as relações de poder nas interações. Ao trabalho de Maria Claudia Coelho e Claudia Rezende, autoras de "Antropologia das emoções" (2010), que hoje podemos considerar um livro fundamental na nossa formação acadêmica, somam-se esforços pioneiros, como o do antropólogo Mauro Khoury. No referido artigo, Victória e Coelho (2019) mencionam outros autores nacionais que têm participado desse esforço: Cinthia Sarti, Octávio Bonet, Jane Russo, Susana Durão e Rachel Aisengart Menezes. Além das iniciativas de Adriana Vianna, que tem pensado a relação entre emoções e processos de Estado; Luiz
Neste artigo esboçam-se algumas considerações teórico-críticas da teoria queer para a América Latina, a partir de uma perspectiva anticolonial e crítica da geopolítica do conhecimento. Trabalha-se com o conceito de arquivo como ferramenta teórica e metodológica que permite articular a teoria com a produção da memória, questionando uma certa colonialidade em torno do termo queer. Metodologicamente, orienta-se pelo pensamento de Gloria Anzaldúa para imaginar um espaço-tempo queer que atravessa as fraturas da epistemologia colonial. Além disso, incorporam-se as contribuições do pensamento interseccional e anticolonial de diferentes contextos de produção do conhecimento. Conclui-se com a proposta de ressituar o queer em um debate mais amplo sobre fronteiras e imaginação de comunidades.
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