Cada propriedade leiteira é única e possui particularidades em sua estrutura e práticas de manejo. Portanto, implementar práticas de biosseguridade é um desafio necessário à bovinocultura leiteira, visto que há muitos prejuízos provenientes de contaminações por patógenos que podem ser evitados se estas forem colocadas em prática de maneira apropriada. Assim, para fornecer ao consumidor um leite seguro e de qualidade, além de garantir a segurança dos animais, funcionários e de todos os envolvidos na cadeia produtiva, torna-se primordial conhecer os princípios de biosseguridade e geri-los dentro do sistema de produção. Cabe ao profissional responsável avaliar os riscos ou perigos envolvidos na manutenção da saúde dos animais, e a partir dessa análise compor um plano de biosseguridade direcionado a mitigação de danos sanitários ao rebanho. Para isso, é necessário não somente comprometimento e treinamento através da educação sanitária e medidas preventivas, mas também uma supervisão adequada a fim de garantir a execução do mesmo. Assim é possível o estabelecimento de sistemas de produção sustentáveis, gerando maior taxa de produtividade para o produtor, como componente mútuo, o baixo número de perdas na produção e garantia ao consumidor um produto seguro e de qualidade.
A responsabilidade do setor agropecuário em produzir alimentos de forma eficaz busca também por atender essa demanda de forma sustentável gerando produtos seguros ao consumidor final. Cisticercose, fasciolose e hidatidose são zoonoses. A infecção humana ocorre pela ingestão de alimentos mal passados ou mal lavados contendo formas infectantes destes parasitos, podendo causar diversos prejuízos à saúde dos acometidos. O objetivo deste trabalho foi estabelecer a ocorrência destas três enfermidades em ovinos e bovinos com origem em municípios da área de abrangência da 12ª Supervisão Regional do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA) da SEAPDR-RS, abatidos sob inspeção estadual no período de janeiro de 2018 a dezembro de 2019. Neste período foram abatidos o total de 227.946 bovinos, sendo 113.907 em 2018 e 114.039 em 2019, contabilizados animais de diversas categorias de idade. A taxa média de ocorrência considerando o período foi de 0,75% para cisticercose, 49,14% para fasciolose e 16,22% para hidatidose. O número total de ovinos abatidos foi 45.695, dos quais, 23.746 no ano de 2018 e 21.949 no ano de 2019. As ocorrências das doenças nesta espécie, considerando a média para o período, foram 0,86% para cisticercose, 0,63% para fasciolose e 11,62% para hidatidose. Conclui-se que, neste período de estudo, a fasciolose apresentou a maior ocorrência em bovinos e a hidatidose em ovinos. Os dados avaliados neste artigo servem como ferramenta para ações em saúde pública e evidenciam a importância dos Serviços de Inspeção Oficial e do profissional Médico Veterinário na obtenção de alimentos seguros.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.