Este artigo tem como objetivo examinar a violência dirigida contra as religiões de matrizes africanas no Brasil contemporâneo, assim como algumas formas de enfrentamento desse fenômeno. Para a sua realização, foi compulsado um conjunto de reportagens que tratam a questão, publicadas em dois grandes portais jornalísticos. Tais reportagens foram submetidas a análise temática, a partir da qual foram gerados os tópicos aqui analisados: as religiões mais agredidas; os principais perpetradores; os estados da Federação onde predomina a violência em tela; e os tipos de violência perpetrada. A análise do material mostra que a violência contra o campo religioso afro-brasileiro é difusa, pode apresentar requintes de crueldade e é perpetrada por uma pletora de agentes. No que pese a sua extensão e virulência, ela vem sendo gradativamente enfrentada por um conjunto diversificado de agentes públicos e privados que se opõem frontalmente à sua existência na sociedade brasileira.
Neste artigo examinamos os esforços desenvolvidos pelos Centros de Referência de Cidadania LGBT para implementar ações setoriais que envolvessem diferentes órgãos estatais. Dados para a pesquisa foram coletados, principalmente, através de entrevistas. Subsidiariamente, também utilizamos dados provenientes de material impresso e digital. Por um lado, os resultados dos esforços podem ser considerados positivos, pois experiências e diálogos relevantes foram estabelecidos entre os Centros e instituições como a polícia e as organizações de saúde. Por outro lado, vários obstáculos foram identificados, reforçando a percepção de que as práticas intersetoriais ainda são difíceis de serem implementadas no sistema brasileiro de proteção social.
<p>Neste trabalho buscamos mostrar como o neoconservadorismo é parte de um processo mais amplo que inclui componentes econômicos e sociais. Sublinhamos a sua dimensão religiosa e tentamos mostrar como ele vem afetando as religiões de matriz africana. Ao mesmo tempo, explicamos como os seus ataques criaram uma resposta relativamente potente por parte daqueles que são afetados por ele. Concluímos este trabalho associando as práticas religiosas neoconservadoras com um risco significativo para o Estado laico e para a democracia.</p>
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