This article discusses some of the results of a recent review of international studies and data on violence against women, and on the health consequences of these forms of violence, in which the perpetrator is normally an intimate male partner. The second part of the article develops questions related to the roots of such violence, including the social construction of gender identity, gender relations, and sexuality, within the dualist tradition which separates mind and body, emphasizes biological elements in sexuality, and defines men and women as radically different. In conclusion, it is argued that current criticisms of the dualistic vision are constructing a new, more integrated vision of both sexuality and human beings.Key words: Violence; Gender; Sexuality; Public Health INTRODUÇÃO Nas sociedades onde a definição do gênero feminino tradicionalmente é referida à esfera familiar e à maternidade, a referência fundamental da construção social do gênero masculino é sua atividade na esfera pública, concentrador dos valores materiais, o que faz dele o provedor e protetor da família. Enquanto nestas mesmas sociedades, atualmente, as mulheres estão maciçamente presentes na força de trabalho e no mundo público, a distribuição social da violência reflete a tradicional divisão dos espaços: o homem é vítima da violência na esfera pública, e a violência contra a mulher é perpetuada no âmbito doméstico, onde o agressor é, mais freqüentemente, o próprio parceiro. O PANORAMA INTERNACIONALNum compêndio recente sobre a violência contra a mulher e suas conseqüências para a saúde, Heise (1994) analisa estudos internacionais que revelam alguns parâmetros desta questão.Embora baseados em definições variadas do fenômeno estudado, 35 estudos de 24 países revelam que entre 20% (Colômbia, dados de uma amostra nacional) e 75% (Índia, 218 homens e mulheres num estudo local) das mulheres já foram vítimas de violência física ou sexual dos parceiros. Em estudos com amostras nacionais dos Estados Unidos e Canadá, 28% e 25% das mulheres, respectivamente, reportam que foram vítimas deste tipo de violência.Em cidades dos Estados Unidos, uma entre cada seis mulheres grávidas já foi vítima da violência dos parceiros durante a gravidez. Enquanto de 10% a 14% de todas as mulheres norte-americanas declararam que os maridos as forçam a fazer sexo contra sua vontade, naquelas que são vítimas habituais da violência física dos parceiros, esta cifra é de 40%, comparado com 46% na Colômbia e 58% na Bolí-via e em Porto Rico. Na maioria dos países, incluído o Brasil, o estupro pelo marido é um fenômeno que não existe, legalmente.Quanto ao estupro em geral, Heise (1994) chama a atenção para seis estudos, nos Estados Unidos, que sugerem que entre 1/5 e 1/7 das mulheres norte-americanas serão vítimas de estupro durante sua vida. Dados obtidos de centros de atendimento a vítimas de estupro em sete países mostram que de 36% a 58% das vítimas de estupro ou tentativa de estupro têm
This article discusses the modernization of gender inequalities which has occurred in Brazil in the last 20 years under the hegemony of neo-liberal macro-economic policies. A concept of gender as transversal is applied to questions of reproductive health (contraception and abortion, prenatal care and birthing, adolescent pregnancy, maternal
Este artigo resgata conceitos e discussões sobre as questões de gênero que foram apresentados por homens que presenciaram o (res) surgimento do movimento feminista nos países centrais nos anos 60, e participaram de grupos de homens nos anos 70. Situados como sujeitos do conhecimento/de gênero no contexto dos debates críticos sobre a sociedade contemporânea, que foram amplamente disseminados naquela época, adotaram uma visão dialética e histórica da realidade social, trazendo contribuições que ajudaram a desconstruir a ótica binária antes prevalecente.
Brazil has extremely high cesarean rates. Among related factors, it has been suggested that a "culture of cesarean childbirth" (or a preference for this type of delivery) exists among Brazilian women. Our study investigates this notion. Data were collected from September 1998 to March 1999 in two maternity hospitals in Rio de Janeiro Interviews were conducted and hospital records analyzed for a random representative sample of 909 women who had just given birth (454 vaginal deliveries and 455 cesareans). In the interviews, when asked if they had wanted to have a cesarean, 75.5% replied in the negative, thus indicating that these women cannot be considered as adhering to a "culture of cesarean sections" The main complaints against cesareans were: slower and more difficult recovery (39.2%) and greater pain and suffering (26.8%). However, 17% of the sample had at some point requested a cesarean, 75% of whom during labor. Analysis revealed that the request for a cesarean section is directly proportional to time between admission to the hospital and delivery. This suggests that (in addition to being the usual means of access to tubal ligation) the actual circumstances of birthing are important factors in Brazilian women s requests for cesarean sections.
This article presents the results of a qualitative study of women who had filed complaints of domestic violence, situating gender relations in a broader context. The authors focus on the meaning ascribed to sexual coercion in violent relations, suggesting that conjugal sexual violence is related to the perverse effects of changes in the sexual division of labor and the aggravated double demands on women from housework and the workplace, in relation to the dismantling of the male's role as provider in situations of poverty. In this context, women's refusal to engage in sex (a form of resistance which expresses their desire to be sexual protagonists and communicates disappointment with their partners) can be seen as contributing to the exacerbation of conjugal violence. In their partial position of "subjects of resistance", these women reveal a situation of oppression which is rarely referred to as violence: feelings of disgust and repulsion following sexual relations conceded as "conjugal rights" are similar to those manifested by victims of rape by strangers (which, in contrast, is generally recognized as "sexual violence").
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