O cuidado biopsicossocial em saúde mental engloba diversos conhecimentos e tem como objetivo intervir nos três eixos da reabilitação psicossocial: habitar/morar, trabalho e rede social. Nesta perspectiva, é salutar perceber a ocorrência de comorbidades. A comorbidade psiquiátrica é a ocorrência simultânea de dois ou mais transtornos mentais na mesma pessoa. Já a comorbidade física em doentes mentais, ocorre quando há coexistência de patologias físicas e mentais. OBJETIVO: Investigar a ocorrência de comorbidades em usuários de um Centro de Atenção Psicossocial da cidade de São Paulo-Brasil. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo qualitativo em que foram entrevistados 15 usuários de um Centro de Atenção Psicossocial. Foram observados sinais e sintomas de outras doenças em todos os sujeitos entrevistados. RESULTADOS: Como diagnóstico psiquiátrico considerou-se a esquizofrenia, como o mais frequente. As principais alterações físicas foram em relação ao excesso de peso, obesidade abdominal, tabagismo e etilismo. Outros sintomas observados podem estar associados ao uso de psicofármacos e seus efeitos colaterais. CONCLUSÕES: A comorbidade está presente em usuários do serviço de saúde mental. Para um cuidado integral é necessário conhecer o sujeito como um todo, construindo em conjunto, equipe e usuário, através de diálogo em que o sujeito é colocado no centro de seu cuidado.
Resumo Este estudo apresenta os organismos comunitários em saúde mental (OCSM) do Quebec, Canadá. Especificamente, traça reflexões considerando sua origem, inserção no sistema público de saúde, princípios, características e formatos. Os OCSM são serviços autônomos, originados na comunidade, que oferecem atividades sem fins lucrativos no setor da saúde e assistência social. Realizou-se estudo descritivo, de abordagem qualitativa, com revisão não sistemática da literatura. Os resultados apontaram o surgimento dos OCSM no contexto de desospitalização de pacientes, mas com déficit de recursos substitutivos ao hospital psiquiátrico. Apontaram também sua consolidação como alternativa à psiquiatria tradicional, reconhecimento e financiamento parcial, pelo governo, como parte da assistência à saúde mental. Constatou-se que os OCSM compartilham certos princípios, mas concretizam-se em vários formatos, destacando-se por estimular a defesa dos direitos e a convivência em comunidade de pessoas em sofrimento psíquico. Contudo, observaram-se limitações quanto ao alcance e à interação entre OCSM e estabelecimentos públicos, e questiona-se o papel do Estado frente a tais organismos. Conclui-se apontando aproximações e distanciamentos entre características da assistência em saúde mental promovida pelos OCSM no Quebec e pelo Brasil; e indica-se a continuidade das discussões, visando à sedimentação de políticas e práticas em saúde mental, que garantam o cuidado na comunidade.
Resumo: Objetiva-se relatar e discutir a experiência de participação em um encontro de um grupo de música, direcionado para pessoas em sofrimento psíquico, em Montreal -Canadá. Trata-se de um estudo descritivo-qualitativo, do tipo relato de experiência, com utilização do registro em diário de campo e análises pautadas na literatura sobre a temática. Discutese que um encontro guiado pela música ultrapassa a lógica da transmissão do conhecimento musical ou do foco no conteúdo emocional dos participantes, permitindo uma experiência terapêutica, transformadora e crítica. Conclui-se, pela ampliação de espaços como o relatado na experiência, que possam contribuir com o fortalecimento de um novo modelo de cuidado em saúde mental, garantindo que os que sofrem psiquicamente sejam de fato ouvidos e possam exercer sua cidadania.
Objetivo: identificar, na literatura, as terapias alternativas que já têm sido utilizadas para fornecer suporte emocional frente à depressão, que podem ser aplicadas pela equipe de enfermagem durante contextos de crise, como a pandemia da COVID-19. Metodologia: o estudo de Revisão Integrativa da Literatura, utilizou a plataforma Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) por intermédio da PubMed, empregando os descritores MeSH: complementary therapies AND depression. Resultados: Dos 8923 títulos recuperados pela busca, apenas 15 foram incluídos nesta revisão, por atenderem aos critérios de seleção. As terapias alternativas encontradas foram divididas em 8 categorias: Acupuntura, Arteterapia, Ayahuasca, Biodanza, Cura Prânica, Musicoterapia, Óleo de Anis e Yoga. Dentro dessa classificação, foi possível observar que a terapia mais presente nos estudos encontrados foram a Yoga e Acupuntura, todas as categorias de terapias foram relatadas como capazes de promover a melhora de sintomas depressivos. Conclusão: as terapias alternativas/complementares já usadas para melhora de sintomas depressivos e/ou depressão, encontradas neste estudo, abrem um leque de cuidados que podem servir de suporte emocional para a equipe de enfermagem em contexto de crise como a provocada pela pandemia da COVID-19. A yoga e a acupuntura foram descritas mais frequentemente, sendo as terapias em que os resultados e variedades de aplicação, podem ser opções de desenvolvimento de atividades grupais ou individuais, sendo uma opção de escolha para a equipe de enfermagem.
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