Resumo O presente artigo tem por interesse a elucidação das complexidades inerentes ao contexto da economia e de sua interseção com os mundos político e midiático. Destaca contribuições sociológicas, mais especificamente da Sociologia Econômica, para desconstruir racionalidades e posicionamentos objetivos que, por meio da mídia, repercutem na cena política. Demonstra as tensões sociais e os movimentos de grupos por trás das prescrições e debates econômicos, chamando a atenção para o fato de que dispositivos, leis e normas originários da Economia não dependem única e exclusivamente dos modelos racionais produzidos pelo homo economicus, ao contrário, são construções advindas de embates culturais entre visões de mundo e seus grupos defensores. Para tal, se atém a um momento específico da cena brasileira qual seja a disputa em torno da transição entre os governos FHC e Lula, entre os anos de 2002 e 2003, e as tentativas de atrelar ao novo governo a possibilidade de uma crise econô-mica em decorrência de seus posicionamentos políticos. Palavras-chave: Interseção econômica, mídia e política, transição entre governos.
Resumo: O presente trabalho busca uma interface entre a Sociologia, a Sociologia Econômica, a Economia e a Ciência Política. Por meio de autores clássicos e contemporâneos realizamos uma análise sobre os 'velhos' e os 'novos' sujeitos na política. O estudo parte da contraposição entre os movimentos sociais e os 'novos' movimentos sociais e da passagem de uma análise unilateral -que considera apenas as relações de produção -para outra cuja abrangência reconhece a complexidade das posições dos sujeitos, direcionando-se em sequência para a apresentação desse novo perfil de reivindicação. Nesse ínterim, as teorias e práticas que envolvem atores sociais que reivindicam seus direitos são refletidas não somente no espaço da justiça social igualitária, mas também a partir de uma política da diferença, voltando-se para as teorias e práticas sociais na busca pela representação social e política. Objetiva-se explorar a autonomia do campo econômico e sua influência nos espaços em que atuam estes sujeitos, especificando o contexto que pode promover uma possível mudança.
Os princípios morais em torno dos quais se organiza determinado debate são significativos para compreensão das práticas socioeconômicas no Brasil contemporâneo. Partindo deste pressuposto, este trabalho busca através das categorias imposto e dinheiro (riqueza) revelar as relações econômicas, políticas e culturais que dimensionam os posicionamentos favoráveis ou contrários ao Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF), tributo previsto na Constituição Brasileira de 1988 − mais ainda não regulamentado. Por meio da análise, fundamentada pelas sociologias econômica e fiscal, dos repertórios morais que organizam as justificativas de repúdio ou aceitação do IGF no Twitter, constrói-se um mapa analítico que busca compreender como (diferentes) posicionamentos que apoiam o evitamento/sonegação de impostos são legitimados diante da tributação da riqueza para contornar a crise no país, moldando nossa sensibilidade/percepção moral. Conclui-se que tal percepção aproxima narrativas de pontos opostos (riqueza/pobreza) do nosso universo social, contribuindo, para uma certa “acomodação moral” referente a taxação da riqueza, que caracteriza a revolta fiscal do período em tempos de pandemia.
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