A hanseníase é uma doença infectocontagiosa milenar causada pelo Mycobacterium leprae, que tem como predileção afetar a pele e nervos periféricos. A doença possui cura e tratamento disponibilizado de forma gratuita no Brasil através do Sistema Único de Saúde (SUS). Apesar disso, na região nordeste brasileira, o Maranhão continua sendo o segundo estado do Brasil mais acometido pela hanseníase. OBJETIVOS: Estudar o perfil epidemiológico da hanseníase entre os anos de 2016 a 2020 e determinar os indicadores epidemiológicos mais relevantes. MÉTODOS: A coleta de dados foi realizada através do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Os cálculos dos indicadores de qualidade de serviço e de eliminação foram realizados segundo o Manual Técnico-Operacional do Ministério da Saúde. RESULTADOS: Foram relatados 14920 novos casos, 1422 em menores de 15 anos e os grupos mais afetados pela doença foram: Homens (56,97 %), 30-59 anos (48,81 %), pardos (67,73 %) e escolaridade de 1º a 4º serie (634 casos/ano). A maioria apresentava Grau 0 de incapacidade (54,92%), a classificação Multibacilar (79,02%), e a apresentação clínica Dimorfa (56,22 %). As cidades mais afetadas foram São Luís, São José de Ribamar e Imperatriz. O Maranhão foi classificado como região hiperendêmica (2016-2019) e de prevalência Muito Alta (2020). Dos 4 indicadores avaliados referentes a qualidade do serviço 1 teve índice bom, 2 regular e 1 precário (2016-2020). CONCLUSÕES: O Maranhão persiste com elevada prevalência da hanseníase, no entanto, uma melhoria na qualidade dos serviços oferecido pode contribuir para a diminuição desse quadro epidemiológico.
Objetivo: Analisar a completude e consistência das fichas de investigação epidemiológica da hanseníase no estado do Maranhão, de 2015 a 2018. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo com o universo das notificações de hanseníase no Sistema de Informação de Agravos de Notificação; a qualidade foi avaliada quanto à completude e consistência dos registros; para análise de tendência do preenchimento e da consistência dos campos, foi empregada regressão linear simples (p<0,05). Resultados: Foram estudados 17.121 registros de hanseníase; a média de completude foi de 95,4% (≥ 90%; excelente) e da consistência, verificada através das inconsistências, foi de 2,2% (≤ 10%; excelente), porém, foram constatadas diferenças entre as regiões de saúde do estado, destacando-se as III e XV com os piores resultados; houve tendência de estabilidade na qualidade ao longo do período avaliado. Conclusão: Para fortalecer a vigilância da hanseníase, sugere-se melhorar a qualidade das notificações nas regiões de saúde de piores índices.
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