A presente pesquisa objetivou conhecer a relação entre vitimização, percepção acerca do bullying, e sintomatologia depressiva no contexto de adolescentes escolares. Para isso, contou-se com uma amostra de 243 adolescentes com uma média de idade de 14,81 (DP=1,41). Esses responderam à Escala de Percepção sobre o Bullying Escolar, à Escala Califórnia de Vitimização do Bullying, e ao Inventário de Depressão Infantil (CDI-20). Os principais resultados apontaram para efeitos da vitimização na percepção do enfrentamento frente ao bullying e na sintomatologia depressiva. Também foram verificados que os alunos do sexo feminino, do ensino médio, que se sentem seguros na escola, apresentaram uma maior percepção de enfrentamento frente ao bullying. Já os alunos do sexo masculino, do ensino fundamental, que se sentem inseguros na escola, apresentam-se como sendo os mais vitimizados. Quanto à sintomatologia depressiva, os alunos do ensino fundamental e que se sentem inseguros na escola, apontaram para maiores índices. Ademais, confia-se que esses achados podem contribuir para um aprofundamento teórico e conceitual acerca do bullying e seu correlato com a depressão em escolares adolescentes. Espera-se que os resultados desse estudo possam contribuir para implementação de políticas públicas voltadas para promoção de saúde desse grupo identitário.
O presente estudo objetivou apreender as Representações Sociais (RS) de adolescentes escolares sobre o bullying. Para tanto, participaram da pesquisa 31 estudantes com idades entre 12 a 18 anos, que foram submetidos a entrevistas em profundidade. O material coletado constituiu um corpus textual, que foi submetido às análises de Classificação Hierárquica Descendente (CHD) e de Similitude, por meio do software Interface de R pour analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires - IRAMUTEQ. De forma ampla, indica-se que os resultados evidenciaram as RS do bullying ancoradas no preconceito e intolerância às diferenças, sendo, por vezes, objetivado enquanto brincadeiras típicas do cotidiano estudantil; realidade que pode naturalizar o problema, mascarando e inviabilizando o seu enfrentamento. Além disso, os adolescentes demonstraram uma apropriação estruturada da definição do bullying, suas modalidades e consequências, as quais, por seu tempo, demandam suporte aos escolares, apoiando-os no embate deste fenômeno multifacetado através de denúncias. Portanto, evidencia-se que o bullying provoca implicações psicossociais, demandando atenção de novos estudos e intervenções interdisciplinares eficazes.
Diante do aumento do encarceramento feminino, ganharam visibilidade questões específicas deste público, dentre elas as relacionadas à maternidade. Este estudo objetivou conhecer a vivência da maternidade para mães privadas de liberdade, a partir do aporte teórico das Representações Sociais. Participaram 15 mães, com idade entre 21 e 44 anos (M=30,47; DP=6,25) do Centro de Ressocialização Feminino de João Pessoa, Paraíba. Foram submetidas a entrevistas em profundidade e ao questionário sóciodemográfico. A produção textual foi processada com o auxílio do software ALCESTE e analisadas pela Classificação Hierárquica Descendente, os dados sóciodemográficos por meio do SPSS (versão 21). Dos resultados, emergiram quatro classes temáticas, ancoradas: na vivência e rotina diária na prisão; no conhecimento sobre processos, sentenças e morosidade da justiça; nas vulnerabilidades para o uso de substâncias psicoativas e suas consequências nas relações familiares; e na vivência da maternidade. Ser mãe, neste contexto, foi objetivado como sinônimo de sofrimento, incerteza e culpa pela ausência nos cuidados maternos e pela separação dos filhos e familiares. Destaca-se que a maternidade adquire diferentes facetas que ora se aproximam e ora se distanciam do ideal de maternidade socialmente disseminado. Assim, faz-se necessário promover ações sociais que busquem fortalecer os laços psicossociais entre as mães presas, suas famílias, filhos e sociedade.
This study aimed to analyze the Social Representations of adolescents on dating and dating violence from their social anchors. This is a quantitative-qualitative, descriptive-exploratory study, involving 215 adolescents from public schools located in the city of João Pessoa - Paraíba, aged between 14 and 18 (M=16.16; SD=1.26), predominantly female (60.5%). Participants answered the Free Word Association Technique (FWAT); the Conflict in Adolescent Dating Relationship Inventory (CADRI); and, a sociodemographic questionnaire. Data from the CADRI and sociodemographic characterization were submitted to descriptive analysis, while those from the FWAT to the Correspondence Factor Analysis. Results anchored social objects in the affective, behavioral, psycho-affective, psycho-organic and valorative spheres. Dating was objectified as complicity, fidelity, respect, love, commitment, deception, betrayal, kiss, and fight. While dating violence was objectified as jealousy, disrespect, sadness, quarrel, cowardice, rape, wrong, hate, death and verbal.
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