RESUMO: Objetivo: estimar a prevalência de deficiência auditiva referida e fatores associados em idosos da cidade de Manaus. Métodos: realizou-se um estudo seccional de base populacional em 646 sujeitos com 60 anos ou mais entrevistados durante 2013. A amostra foi obtida com o delineamento transversal, com amostragem por conglomerados, dois estágios de seleção e auto ponderada. Os dados foram analisados pelo teste Qui-quadrado e Regressão de Poisson. Resultados: prevalência de perda auditiva referida de 25,7%. Os fatores que se mantiveram significantemente associados após modelo multivariado foram: viver sozinho (RP= 1,34), dependência em Atividades Instrumentais de Vida Diária (RP=1,61), labirintite (RP=1,33), Mal de Parkinson (RP=2,02), dificuldade de compreensão (RP=1,69), deficiência visual (RP=1,94) e dificuldade de comunicação (RP=1,34). Os impactos na comunicação apontaram que a perda auditiva foi 68% maior entre em os indivíduos com dificuldade de fala em comparação aos que não referiram tal dificuldade, reforçando a limitação que a perda auditiva pode trazer à comunicação. Conclusão: a prevalência de perda auditiva entre idosos aponta para a necessidade de se conhecer a magnitude desse déficit para a saúde pública, e contribuir para a construção de estratégias de identificação dessas perdas, possibilitando a minimização desses efeitos neste grupo.
OBJETIVO: estimar a incidência e a prevalência de déficit auditivo sugestivo de Perda Auditiva Induzida por Ruído e sua associação com idade e tempo de serviço em trabalhadores de uma indústria metalúrgica do pólo industrial de Manaus.MÉTODOS: estudo transversal descritivo em trabalhadores que se submeteram a exame audiométrico periódico no ano de 2012, totalizando 1499 sujeitos. Para estimativa da incidência foram selecionadas audiometrias de 763 trabalhadores com audição dentro da normalidade no exame de referência e comparados com exame atual. Realizou-se análise estatística por meio de medidas de tendência central, dispersão e distribuições de frequência. Para verificação de diferenças estatisticamente significantes utilizou-se o teste qui-quadrado, com nível de significância (p≤0,05).RESULTADOS: a prevalência de perda auditiva foi de 44,23% sendo 28,89% sugestivo de PAIR. Houve maior prevalência de perda auditiva nos trabalhadores com faixa etária acima de 45 anos e com tempo de serviço superior a 21 anos. Apenas 11,1% dos trabalhadores acima dos 21 anos de serviço apresentaram audição normal, e 61,9% perda auditiva sugestiva de Perda Auditiva Induzida por Ruído. A classificação de Não Sugestivo de Perda Auditiva Induzida por Ruído permanece estável nos indivíduos abaixo de 20 anos de exposição laboral (14,9%) e nas pessoas expostas com mais de 20 anos aumenta para 27%. A incidência de perda auditiva foi de 28% e desse total 19,7% sugestiva de Perda Auditiva Induzida por Ruído. Houve maior prevalência de perda auditiva grau leve.Conclusão:a prevalência e a incidência de perda auditiva aumentaram com a idade e tempo de serviço. As empresas devem se empenhar na implementação do Programa de Conservação Auditiva a fim de minimizar essas perdas.
Objectives: Characterize self-reported communication disorders highlighting the association between variables of health conditions, socio-demographic factors, lifestyle, hearing loss and diseases in an elderly group. Methods: Cross-sectional study conducted from August to December 2012, with 159 women aged 60 or more, recruited at UnATI/UEA (University of the Third Age, University of the State of Amazonas), Manaus, Amazonas State, Brazil. The subjects were interviewed and asked for selfreported communications disorders. Descriptive analysis was performed using central tendency and dispersion measures for continuous variables and frequency distributions for categorical variables and the prevalence of self-reported language disorders was estimated. To verify the presence of statistically significant differences it was used χ 2 , considering the significance level of 5% (p≤0.05). Results: Communication disorders were reported by 8.18% of elderly women. The following deficits were reported: intelligibility (6.92%), oral comprehension (10.69%), lexical access (10.69%), and recent memory (38.36%). Reading and writing difficulties were informed by 5.66% and 6.92%, respectively. Among the illiterate group, 20% declared communication disorders, while the literate group, 8.44%. Statistical association was verified between communication disorders and self-reported hearing loss (p=0.03). Association was not detected between communication disorders and diseases. Conclusions: Considering the diversity of communication disorders within this population, further studies are needed to assess if changes occur at the aging process and how they work so that possibilities for prevention can be discussed.
O envelhecimento fisiológico é linear e não obrigatoriamente igual em todos os sistemas do corpo humano, cada um inicia seu envelhecimento a um dado momento e perde a função em seu próprio ritmo. O objetivo deste estudo é analisar as intercorrências da capacidade funcional e função cognitiva de idosos. Trata-se de um estudo transversal de base populacional em Manaus (AM), Brasil, com 556 participantes, com sessenta anos ou mais. Os dados foram coletados por meio de inquérito domiciliar, com o auxílio de três instrumentos: o primeiro, questões referentes aos dados sociodemográficos; o segundo, o índice de Katz avaliando a independência em seis atividades; e o terceiro, o miniexame do estado mental (Meem), para avaliar a capacidade cognitiva. Os resultados apontaram uma prevalência de declínio cognitivo de 3,42% (n = 19). A média de pontuação no Meem foi de 19,3 pontos, e a média de idade dos idosos, de 66,5 anos. Com base na análise do índice de Katz, 88,67% (n = 493) foram classificados como independentes, segundo os critérios para AVD. Concluiu-se que há correlação entre função cognitiva e capacidade funcional na população estudada, de forma linear. Sendo assim, à medida que a capacidade cognitiva do indivíduo declina, concomitantemente também diminui sua capacidade funcional, com repercussões significativas na qualidade de vida. Palavras-chave: Cognição. Atividades cotidianas. Idoso. Capacidade funcional. Saúde pública.
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