Acidentes por animais peçonhentos são discutidos sob perspectiva histórica de ações de estado. Considerados doenças negligenciadas eles causam prejuízos sociais e econômicos, em pessoas em idade produtiva de regiões rurais em países pobres. Poucos países dispõem de políticas públicas de saúde para profilaxia e tratamento adequadas e as maiores perdas ocorrem na África e Ásia. Os 46 produtores mundiais de soros não suprem as necessidades globais e acesso ao tratamento é difícil, mesmo em países com produção própria. Sistemas de Notificação produzem levantamentos imprecisos sobre necessidades de soro e apesar da notificação compulsória, o Brasil carece de bancos de dados robustos de amplo acesso. O Rio Grande do Sul, tem um dos sistemas mais eficientes, permitindo a chegada do soro em tempo seguro para o atendimento de qualidade. Muito se avançou em testes diagnóstico, porém sua aplicação em áreas pobres é inviabilizada pelos custos. Melhorias na qualidade de produção dos soros, via boas práticas laboratoriais e fabris, minimizam resultados insatisfatórios de tratamentos com produtos de origem e ação duvidosa. Desenvolvimento de soros empregando Biotecnologia e Ensaios Clínicos bem desenhados, são chave para tratamento de envenenamentos por agentes aparentados em diferentes regiões (soros continentais ou universais). Parcerias internacionais são fundamentais, além de estoques reguladores, semelhantes aos adotados em vacinas, para suprir a demanda mundial. A qualificação dos soros antivenenos certamente minimizará equívocos de uso. Apoio governamental à pesquisa é alavanca propulsora e a ferramenta mais eficiente de preservação da vida, evitando sobrecargas social e previdenciária principalmente em países em desenvolvimento.
Introduction: Bacterial resistance is a worldwide public health problem, requiring new therapeutic options. An alternative approach to this problem is the use of animal toxins isolated from snake venom, such as phospholipases A2 (PLA2), which have important antimicrobial activities. Bothropserythromelas is one of the snake species in the northeast of Brazil that attracts great medical-scientific interest. Here, we aimed to purify and characterize a PLA2 from B. erythromelas, searching for heterologous activities against bacterial biofilms. Methods: Venom extraction and quantification were followed by reverse-phase high-performance liquid chromatography (RP-HPLC) in C18 column, matrix-assisted ionization time-of-flight (MALDI-ToF) mass spectrometry, and sequencing by Edman degradation. All experiments were monitored by specific activity using a 4-nitro-3-(octanoyloxy) benzoic acid (4N3OBA) substrate. In addition, hemolytic tests and antibacterial tests including action against Escherichiacoli, Staphylococcusaureus, and Acinetobacterbaumannii were carried out. Moreover, tests of antibiofilm action against A. baumannii were also performed. Results: PLA2, after one purification step, presented 31 N-terminal amino acid residues and a molecular weight of 13.6564 Da, with enzymatic activity confirmed in 0.06 µM concentration. Antibacterial activity against S. aureus (IC50 = 30.2 µM) and antibiofilm activity against A. baumannii (IC50 = 1.1 µM) were observed. Conclusions: This is the first time that PLA2 purified from B. erythromelas venom has appeared as an alternative candidate in studies of new antibacterial medicines.
Snake venom is a complex biological mixture used for immobilization and killing of prey for alimentation. Many effects are inflicted by this venom, such as coagulation, necrosis, bleeding, inflammation, and shock. This study aimed to evaluate the inflammatory activity promoted by Bothrops erythromelas and Crotalus durissus cascavella snake venom. It was observed that both B. erythromelas and C. d. cascavella venom induced higher interferon-gamma and interleukin-6 production. Nitric oxide (NO) was significantly produced only by B. erythromelas venom, which also showed a higher rate of cell death induction when compared with C. d. cascavella. Results showed that B. erythromelas and C. d. cascavella venom induced distinct response in vitro through cytokines and NO production. However, B. erythromelas induces a proinflammatory response and a higher rate of cell death in relation to C. d. cascavella venom.
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