No setor da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) cujo objetivo é estabilizar o paciente criticamente enfermo são realizados procedimentos invasivos que causam quebra de barreiras de proteção natural os quais associados ao perfil epidemiológico bem como o início empírico de antibióticos, favorece o desenvolvimento de bactérias multirresistentes, caracterizando assim, quadros graves com elevada morbidade e mortalidade. Dessa forma, a presente pesquisa teve como objetivo determinar o perfil microbiológico das culturas isoladas a partir de espécimes clínicos de pacientes internados na UTI adulta de um hospital público da Baixada maranhense, através da coleta dos resultados obtidos de exames de culturas microbianas. Trata- se de um estudo transversal, descritivo, retrospectivo, com dados laboratoriais do ano de 2018. Os dados foram tabulados e analisados em planilhas Excel®, analisados e descritos em frequências absolutas e percentuais para as variáveis categóricas e estatística descritiva da variável numérica. Dos resultados de 183 culturas, de bactérias e fungos, observou-se que 123 eram de pacientes do sexo masculino e 60 do feminino. A média de idade foi 56,69 anos (±21.89). A presença de microrganismos foi detectada em 139 hemoculturas, 29 culturas de secreção traqueal e 15 uroculturas. Quanto ao perfil aos antimicrobianos verificou-se que 30% dos microrganismos apresentaram sensibilidade à vancomicina, linezolida, gentamicina, teicoplamina, ciprofloxacina, meropenen e amicacina. Com relação aos perfis de resistência verificou-se maior resistência contra penicilina e ciprofloxacina. Estes achados reforçam a necessidade de esquemas antimicrobianos mais rígidos visando um maior controle do surgimento de bactérias multirresistentes.
Objetivo: Investigar a incidência da mortalidade por acidente vascular encefálico (AVE) no Maranhão, entre os anos de 2016-2020 e suas causas. Métodos: Trata-se de um estudo ecológico do tipo descritivo qualitativo, com base nos dados do DATASUS e analisados por meio de estatística descritiva utilizando o programa Microsoft Office Excel 2016®, considerando-se as variáveis faixa etária, sexo, raça/cor e ano de processamento. Resultados: Observou-se que o ano de 2017 obteve maior índice de mortalidade (20,9%), sendo estes, em sua maioria na localidade de São Luís (28%) com predomínio por indivíduos a partir de 70 anos (54,6%), do sexo masculino (50,1%) e de etnia parda (71,7%). Os dados mostram a alta incidência de mortalidade por AVE no estado do Maranhão, o que implica no fortalecimento de políticas públicas na atenção nos cuidados e prevenção. Conclusão: Os dados apontados são fundamentais para o desenvolvimento dos serviços de saúde, planejamento de estratégias de prevenção, cuidados específicos e diminuição desta enfermidade.
Introdução: As arritmias podem causar uma redução de 10% a 20% do débito cardíaco, sendo que alguns pacientes podem ser assintomáticos enquanto outros experimentam uma ampla variedade de sintomas. Uma das consequências mais preocupantes das arritmias cardíacas é a morte súbita, que é definida como uma morte não traumática de causa cardiovascular que ocorre dentro de um curto período de tempo em indivíduos com ou sem doença cardíaca preexistente. Objetivo: Caracterizar as internações e óbitos por transtornos de condução e arritmias cardíacas, observando o caráter de atendimento, regime de internações, bem como sexo, faixa etária, cor/raça da população do estado do Maranhão, Brasil, no período janeiro de 2009 a dezembro de 2019. Metodologia: Trata-se de estudo epidemiológico descritivo retrospectivo baseado em dados secundários disponibilizados pelo DATASUS no período mencionado. Resultados: Entre janeiro 2009 e dezembro 2019 ocorreram 4.511 internações e 100 óbitos, dos quais destaca-se: 55,56% notificações no sexo masculino, 61,77% de pessoas da raça/cor autodeclarada parda e faixa etária entre 60 e 79 anos com maior registro de casos, 36,38%. Conclusão: Os resultados sugerem que os Transtornos de Condução e Arritmias Cardíacas representam importante causa de internações e óbitos, sendo necessário mais estudos a respeito do tema, sobre a qualidade da assistência e do registro desse agravo nos serviços de saúde.
As mortes por causas externas ou violência ficaram em primeiro lugar desde o final da década de 1980, especialmente em grandes centros urbanos. A importância desse grupo de causas transformou-se em um dos mais sérios problemas de saúde pública na maioria dos países do mundo. A ocorrência desse tipo de mortes é correlacionada com disparidades sociais e econômicas entre regiões, países e populações, entre ricos e pobres e entre grupos sociais/étnicos. Essas desigualdades sociais têm sido evidenciadas por diversos autores. No Brasil, há limitada compreensão do papel da raça/cor da pele, urbanização e região metropolitana como determinantes de composição social da população e mortes prematuras. O risco de morrer de negros por homicídio é duas vezes mais alto que para brancos. Entre negros brasileiros a mortalidade por essa causa ultrapassou os registros da Colômbia, país considerado um dos mais violentos do mundo devido à guerra civil e o narcotráfico.
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