RESUMOConflitos de agência podem permear as relações entre o principal e o agente em um ambiente empresarial caracterizado pela separação entre propriedade e controle. Diante disso, determinados gestores podem se utilizar da discricionariedade para gerenciar os resultados. Frente ao exposto, esta pesquisa teve como objetivo analisar a relação entre as características
Em uma realidade negocial internacionalizada, a divulgação de informações adequadas, transparentes e comparáveis se tornou essencial, concedendo grande importância às normas internacionais de contabilidade. A realização de auditoria independente e a consequente emissão de seu relatório conferem às demonstrações contábeis maior credibilidade. Assim, o presente estudo tem como objetivo verificar quais são os principais motivos que ocasionam a emissão de relatório de auditoria independente (RAI) modificado, nas empresas listadas no segmento tradicional da BM&FBOVESPA, no período pré e pós-convergência aos padrões internacionais de contabilidade. Para atender ao objetivo, analisou-se os RAI emitidos entre os anos de 2004 a 2007, período pré-convergência, e os anos de 2010 a 2013, período pós-convergência. Foram coletados os RAI das 250 empresas listadas no segmento tradicional da BM&FBOVESPA, das quais 184 apresentaram os RAI referentes a todos os exercícios, foco do estudo, totalizando 1.472 relatórios. Do total dos RAI analisados 206 apresentaram modificações. Sobre esses, realizou-se análise dos motivos que justificaram a modificação e buscou-se a relação existente entre os motivadores do período pós-convergência e as normas internacionais. Os principais resultados demonstram que os motivos predominantes no período pré-convergência são investimentos e tributos; já no período pós-convergência são investimentos e continuidade. Quanto à relação entre os motivadores do período pós-convergência e as alterações trazidas pelas normas internacionais, verificou-se que do total de 213 motivadores, 36 referem-se às alterações, principalmente devido a teste de impairment, arrendamento mercantil, intangível e empréstimos e financiamentos.
Este estudo teve como objetivo analisar a influência de CEOs poderosos no gerenciamento de resultados (GR) considerando a presença de conexões sociais entre o CEO e os membros do Conselho de Administração (CA). A amostra foi constituída de 183 empresas brasileiras listadas na [B]3 S.A. no período de 2011 a 2017, totalizando 881 observações. O GR foi mensurado pelo modelo de Jones (1991) e Jones Modificado (1995) e considerada a variável dependente, sob qual foi analisado o efeito de: (i) uma métrica de poder do CEO desenvolvida por análise de componentes principais a partir de uma ótica multidimensional de poder (poder estrutural, poder de propriedade, poder de especialização e poder de prestígio), (ii) um índice que mensura o nível das conexões sociais entre o CEO e os membros do CA a partir de indicadores já revisados pela literatura (background educacional, profissional e relações familiares), e (iii) a interação entre estas variáveis. Os resultados das 6 estimações de regressões lineares (MQO) com pools de cross-section e erros-robustos indicam que CEOs poderosos estão relacionados a maiores níveis de accruals discricionários, enquanto as conexões sociais mitigam o GR. Quando incluída a interação entre essas variáveis, tanto o poder do CEO quanto as conexões sociais perdem o efeito significativo sobre o GR, indicando que na presença das conexões sociais, CEOs poderosos podem deixar de se engajar em práticas de GR. Esse resultado contribui para a discussão sobre a interferência de fatores sociais sobre decisões econômicas chamando atenção para o impacto de fatores socias na qualidade dos lucros e na GC das empresas.
Objetivo: Analisar a eficiência técnica das empresas metroferroviárias brasileiras. Metodologia: Foi analisada a eficiência técnica das empresas metroferroviárias brasileiras por meio da Análise Envoltória de Dados (DEA), com suporte na Análise de Janelas e considerando o modelo de retornos variáveis. O estudo contemplou um período de cinco anos, para oito empresas que totalizam 90% dos passageiros transportados no sistema metroferroviário. Como variáveis foram utilizados os principais insumos e produtos do transporte metroferroviário referenciados na literatura internacional. Resultados: São tecnicamente eficientes apenas as empresas metroferroviárias classificadas como de grande porte e dentre estas somente o Metrô SP se manteve eficiente em todos os anos analisados. As empresas de médio porte apresentaram-se ineficientes em todos os anos da amostra, sendo identificada a necessidade de redução média de 19% nos insumos para que estas se tornem tecnicamente eficientes. A inclusão de variável financeira como insumo não teve reflexo significativo nos índices de eficiência apurados. O estudo revela que prepondera no sistema de transporte metroferroviário brasileiro retornos crescentes de escala. Contribuições do Estudo: O estudo identifica melhorias potenciais para as empresas consideradas ineficientes e revela que estas são empresas públicas de médio porte, com altos níveis de financiamento dos seus custos por meio de recursos governamentais, servindo este estudo de referência para ampliar a pesquisa sobre o tema, dada a relevância de se identificar o efeito do custeio das operações do transporte por meio de recursos governamentais sobre a eficiência das empresas. Nessa esteira, ao identificar que prepondera no sistema de transporte metroferroviário brasileiro retornos crescentes de escala, este estudo contribui para a análise de políticas públicas vinculadas ao acesso da população a este transporte, uma vez que retornos crescentes sugerem que o aumento da produção, que tem como principal variável o número de passageiros transportados, pode gerar benefícios quanto à eficiência das empresas.
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