Este estudo teve como objetivo apresentar um breve histórico da doença e seu potencial risco de transmissão pós-erradicação do vetor em banco de sangue, bem como abordar propostas de monitoramento e prevenção em bancos de sangue para impedir a disseminação da doença. Trata-se de uma revisão narrativa da literatura com manuais, livros, teses, monografias e periódicos científicos publicados em português e inglês, nas bibliotecas abertas e virtuais da BIREME (Biblioteca Regional de Medicina), LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciências da Saúde) e SCIELO (Scientific Electronic Library Online) por meio dos descritores: tripanossomíase, doença de Chagas e hemoterapia. Em toda a América Latina, a taxa de incidência da doença de Chagas era de 6,8% na década de 1980 e diminuiu para 1,3% em 2006, o que representa uma mudança significativa no perfil epidemiológico. Tanto no Brasil quanto em outros países, os serviços de hemoterapia vêm adotando novas tecnologias para minimizar a disseminação de agentes infecciosos durante a transfusão.
Objetivo: Analisar a ocorrência de Histoplasma capsulatum nas culturas para fungos que deram entrada em um Laboratório Estadual de Saúde Pública do Centro-Oeste brasileiro no período de 2016 a 2019. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, constituído por culturas para pesquisa de fungos que deram entrada no referido laboratório e provenientes de Hospitais de Referência do Estado. As variáveis analisadas foram gênero, faixa etária, número de positividade e negatividade das culturas para Histoplasma capsulatum e espécime clínico utilizado para análise. Resultados: No período analisado, foi dada entrada de um total de 12.476 culturas para fungos, 2.262 foram positivas, das quais 313 identificou-se a presença do Histoplasma capsulatum. A prevalência percentual desse agente entre as amostras positivas correspondeu a 13,84, nas faixas etárias de 31 a 40 anos (19,28), de 41 - 50 anos (16,83) e de 51 a 60 anos (14,60), com maior prevalência no gênero masculino e quanto aos espécimes clínicos oriundas de medula óssea (85,00), linfonodo (64,29), líquido ascítico (42,86), sangue (39,96) e abscesso (33,33). Ao analisar a razão de prevalência verificou possível associação de histoplasmose em amostras de pacientes, cujas principais matrizes biológicas foram o sangue 6,28 (6,04 – 11,89), medula óssea 5,72 (4,52 – 68,12) e linfonodo (3,15 – 28,48). Conclusão: Nota-se frente à prevalência encontrada a relevância da notificação compulsória dessa micose a nível nacional, a fim de melhorar o monitoramento para subsidiar medidas que facilitem o diagnóstico precoce e o tratamento adequado.
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