Este artigo objetiva analisar os desafios vivenciados pelos professores não indígenas que atuam numa escola indígena; enfatizar a trajetória histórica da formação de professores; contextualizar a relação entre a educação escolar indígena e a atuação dos professores não indígenas; refletir sobre a necessidade de haver maiores intervenções e discussões voltadas para questões de diversidade, nos cursos de formação. Diante desta problemática direcionados aos professores não indígenas buscamos responder a seguinte indagação: os professores não indígenas sentem-se preparados para lecionar em ambientes culturalmente diferenciados? Possuem conhecimentos suficientes sobre diversidade cultural que poderiam orientar sua prática? Na busca por respostas foi realizada uma entrevista com três professores não indígenas que lecionam na escola indígena Parintintin, situada na Aldeia Pupunha, em Humaitá-AM. Tratando-se de uma abordagem qualitativa tanto para nortear a pesquisa como para analisar os dados, considera-se através dos resultados que os professores abordados possuem muitos desafios em relação a sua prática neste contexto, o que vem desde da não estruturada adequada da escola, falta de materiais básicos de auxílio ao professor e aluno, currículo que não atende as necessidades da cultura indígena, e uma formação inicial que não “preparou” suficientemente para práxis vinculados a diversidade cultural.
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Este trabalho teve origem em um dos capítulos da dissertação de Mestrado, defendida no início de 2020. Cujo objetivo foi explicitar, com base em uma abordagem de pesquisa bibliográfica e crítica, a construção do termo intercultural e sua importância para uma educação crítica e decolonial. Tendo em vista a seguinte problemática: diante das diversas discussões sobre a diversidade cultural, a formação inicial do professor pode favorecer a valorização dos mais diversos conhecimentos culturais? Consideramos que, a despeito das discussões em torno da diversidade cultural, as culturas diversas ainda vivenciam desafios em relação ao reconhecimento e ao respeito às suas diferenças e especificidades. Para que ocorra a construção crítica da realidade, é mister que tenhamos uma educação pautada na valorização da cultura, partindo, a priori, da decolonização do conhecimento, na perspectiva da interculturalidade crítica, enquanto um projeto contra hegemônico. Assim sendo, aponta-se nas conclusões a necessidade de decolonizarmos o conhecimento no ambiente acadêmico, no Ensino Superior, especificamente na formação inicial de professores, a fim de que estes possam construir uma prática docente que contribua para um ensino crítico e emancipador em relação as questões culturais de diversidade. O que implica, que nessa construção a interculturalidade crítica se tem demonstrado como possibilidade para promover a emancipação crítica do indivíduo, por ser uma proposta de educação política, envolvendo uma concepção de ensino que possa contribuir para a transformação social, o que pode repercutir em uma sociedade com menos desigualdades e preconceitos.
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