O trabalho analisa as características socioeconômicas e ambientais de quintais urbanos no município de Marituba, Região Metropolitana de Belém, estado do Pará. Os dados foram obtidos a partir da aplicação de 32 questionários, junto aos participantes do projeto Quintais Amazônicos Maritubenses, tecnologia social que desenvolve metodologias, técnicas e produtos em interação com a comunidade, visando inclusão produtiva e transformação social. Entre as famílias entrevistadas, 50% moram no município há mais de 15 anos, 81% são mulheres, o que evidencia o intenso protagonimo feminino no processo produtivo dos quintais. Constatou-se que 62% dos entrevistados possuem mais de 40 anos de idade e 41% possuem ensino médio completo. Espécies frutíferas, plantas medicinais e hortaliças compõem os grupos de plantas mais cultivados nos quintais, com percentuais de ocorrência de 91%, 72% e 72%, respectivamente, destacando-se dentro destes o limão (Citrus aurantiifolia), a pimenta dedo-de-moça (Capsicum baccatum L.) e a hortelã (Mentha spicata L.). A implementação do projeto Quintais Amazônicos Maritubenses, além de proporcionar o incremento na renda por meio da fabricação de subprodutos para comercialização, ampliou o nível de conscientização ambiental das famílias que passaram a reutilizar alguns materiais para a adubação dos quintais urbanos e aplicar defensivos naturais no controle de pragas e doenças das plantas cultivadas.
A divulgação científica proporciona a integração do científico para a sociedade de maneira mais popular e compreensível. Para este fim, são utilizados textos e materiais com linguagem acessível do que a utilizada por aqueles que comumente produzem Ciência, de forma a fomentar investigações e descobertas por parte daqueles que os acessam. Este artigo teve como objetivo central compreender as contribuições dos Textos de Divulgação Científica (TDC) à educação para Ciência. Para tanto, realizou-se uma pesquisa bibliográfica na plataforma Scientific Electronic Library Online no Portal de periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, nos últimos cinco (5) anos, buscando discussões pertinentes a utilização de TDC no ensino de ciências para educação básica. Com base nesta investigação, durante a Análise de Conteúdo (AC) foi possível levantar as seguintes categorias: a) Função social do TDC para a popularização da ciência, b) A utilização de TDC como recurso pedagógico nos Livros Didáticos, e c) O papel do professor na utilização dos TDC no ensino de ciências. Nesta sequência, identificou-se estudos que investigam a utilização destes materiais, no entanto, ainda se faz necessário o aprofundamento em questões sobre a formação de professores para a utilização destes recursos, em vista de se consolidar estas habilidades em todos os níveis formativos, tanto na formação docente inicial quanto na continuada. Dessa forma, foi possível concluir que os TDC possuem uma função social de democratização do conhecimento científico, bem como possibilitam a autonomia e construção coletiva da ciência com seus alunos.
A inserção do surdo no sistema educacional brasileiro se deu através de um processo lento, gradual e cheio de contratempos, de tal modo que mesmo existindo desde sempre, o reconhecimento dos surdos e seus direitos, assim como das pessoas com deficiência de modo geral, é uma conquista recente. Desse modo, neste ensaio objetiva-se realizar o percurso do processo de construção do espaço dos surdos na educação brasileira, a partir de um apanhado histórico internacional e nacional, situando a contribuição de importantes nomes responsáveis pela criação de instituições e dos direitos legais da comunidade surda no país. Para tanto, a metodologia adotada foi de revisão bibliográfica, além da análise conter uma natureza da investigação, se apresenta como pesquisa exploratória. Com isso, pudemos concluir que apesar dos históricos retrocessos e progressos nas conquistas dos direitos até a legislação vigente e as instituições existentes, garantem direitos à educação para comunidade surda. No entanto, os desafios não param por aí, visto que a complexidade das relações sociais, também está inserida nas múltiplas variedades de deficiências que em alguns momentos se relacionam com a pessoa surda.
Com base na perspectiva segundo a qual o jogo é um meio de desenvolvimento das capacidades humanas e um suporte para melhorar desempenhos escolares, este trabalho se propõe analisar as dimensões formativas do jogo na aprendizagem de sociologia. Para tanto, lança o seguinte problema de pesquisa: quais as possibilidades formativas dos jogos na compreensão de conteúdos sociológicos? Para dar conta desta questão, o artigo enfoca uma experiência educativa desenvolvida com alunos/as do 1º ano do ensino médio da Escola de Aplicação da UFPA. Dar respostas à problemática em pauta implicou recorrer a duas demandas centrais para os propósitos desta pesquisa: 1) verificar os aprendizados mediante estratégias de ensino com jogos e 2) examinar o nível de dificuldade, interesse e satisfação, demonstrado pelos/as discentes, no ato de jogar e aprender. Os resultados de nossa pesquisa empírica nos levam a depreender que o jogo funcionou como uma espécie de suporte para a aprendizagem de conteúdos considerados formais da sociologia, mas não somente isso. Conforme nossa análise, o emprego dos jogos permitiu desenvolver competências muito importantes como: aumento da interação entre alunos/as e entre professor-aluno; mais interesse na disciplina; aumento da capacidade de retenção do conteúdo; utilização de conceitos em situações cotidianas reais e crescimento no interesse e participação nas aulas de sociologia.
<p>A Sociologia ambiental surge, a partir dos anos 1960 e 1970, na esteira dos movimentos sociais que deflagravam a situação emergencial de degradação dos recursos naturais e da expansão do industrialismo. Observa-se que, até então, os sociólogos da época não dispunham de recursos analíticos para lidar com a questão ambiental. A temática foi abordada em poucos trabalhos acadêmicos, e a Sociologia clássica não oferecia aporte teórico. Neste contexto, a Sociologia ambiental emerge com o propósito de investigar as divergências e os conflitos associados aos diferentes usos da natureza, buscando compreender as causas dos problemas ambientais e os atores envolvidos. A temática ambiental tornava-se, portanto, objeto de vasta reflexão, demarcando presença nos debates acadêmicos, que reforçavam, por sua vez, a necessidade de sua inserção na educação básica. Atualmente, os livros didáticos de Sociologia para o ensino médio, embora de forma sucinta, apresentam debates sobre as questões relacionadas ao meio ambiente. Em vista disso, este artigo se propõe a analisar a abordagem da questão ambiental nos livros de Sociologia para o ensino médio, comparando as perspectivas e refletindo sobre a importância atribuída à temática. Nestes termos, realizamos um estudo de natureza qualitativa a partir de pesquisa bibliográfica e análise de três diferentes livros aprovados no PNLD 2012, 2015 e 2018, respectivamente: <em>Sociologia para o Ensino Médio</em>,<em> Sociologia em Movimento </em>e <em>Sociologia para Jovens do Século XXI. </em>A pesquisa identifica discussões do campo do estudo em torno da temática ambiental, mas, em uma das obras, ela aparece de forma incipiente e com lacunas.</p>
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