A Pandemia de Covid-19 sem dúvida alguma forneceu elementos empíricos para que não apenas as Universidades e centros de pesquisa espalhados pelo mundo realizassem a publicação de estudos e investigações nas mais diversas áreas do conhecimento. Do campo da literatura realista aos artigos publicados em periódicos acadêmicos, passamos a acompanhar uma verdadeira enxurrada de conteúdo sobre a pandemia. Todavia, é preciso chamar atenção a um fato, que apesar de nítido, às vezes passa despercebido pela leitura e reflexão das pessoas: a qualidade das produções.Quando coloco esse tema em tela, quero me referir não apenas a forma, ou seja, questões estilísticas, textuais e de apresentação, mas também ao conteúdo, o que está se debatendo em determinada obra, quais seus apontamentos, dados empíricos, e perspectiva teórica, no caso das produções científicas. Essas reflexões são essenciais, especialmente num momento em que a internet nos tem fornecido uma gama de conteúdos que mal conseguimos absorver, tendo em vista que todos os dias somos bombardeados sobre escritos, reflexões, notícias, podcasts, matérias, além da atenção que o mercado editorial tem dado sobre o tema da pandemia com a produção de livros. Dentro desse debate, gostaria de chamar atenção para o livro Pandemia e Agronegócio: Doenças Infecciosas, Capitalismo e Ciência, de autoria do biólogo estadunidense Robb Wallace. O livro foi lançado no Brasil no ano de 2020 pela editora Elefante, que desde 2011 se lançou no mercado editorial de forma independente. O título original da obra em Inglês é BIG FARMS MAKE BIG FLU: Dispatches on Infectious Disease, Agribusiness, and the Nature of Science, sendo lançado no ano de 2016 pela revista socialista independente Monthly Review, sediada na cidade de Nova York e que desde 1949 tem publicado conteúdos críticos ao capitalismo, nas mais diversas esferas do conhecimento. Nesse sentido, chamo atenção para um dos primeiros pontos da minha argumentação do motivo pelo qual indico o livro de Wallace: A obra se trata de uma
O Brasil foi um dos primeiros países da América Latina com casos de Covid-19, academicamente, desde o início de janeiro de 2020 observamos no Portal de Periódicos da Capes o crescimento de produções sobre esse tema. Contudo, percebemos a ausência de análises sobre o Estado da Paraíba, o que nos proporcionou a curiosidade de compreendermos como esse fenômeno vem de manifestando e de que forma o uso de um Sistema de Informações Geográficas poderia contribuir para essa reflexão. Nesse sentido, o presente artigo apresenta por objetivo realizar uma análise sobre o processo de disseminação e distribuição dos casos e óbitos de Covid-19 no Estado da Paraíba através de um Sistema de Informações Geográficas. Para o alcance desse objetivo realizamos a busca de boletins epidemiológicos na Secretaria Estadual de Saúde dentre o período de 31 de março até 16 de Maio de 2020. Esses dados foram sistematizados a partir dos casos e óbitos existentes no Estado através do software QGIS, no qual geramos um total de nove mapas temáticos. Nossos resultados indicam pelo menos três tendências da pandemia no Estado: a) distribuição espacial da Covid-19 na Paraíba segue o fluxo na BR-230; b) existência de três principais núcleos de disseminação: região metropolitana de João Pessoa; Campina Grande e as cidades de Sousa e Patos; c) padrão elevado de contaminação entre profissionais da saúde. Tais resultados nos apresenta outra demanda, a necessidade de entendermos como numa escala intra-urbana a pandemia vem se manifestando, especialmente nos três principal polos de disseminação do Estado.
Objetivamos investigar os limites do enfrentamento da pandemia da COVID-19 no Brasil, nos seus 180 primeiros dias. Em termos metodológicos propomos um levantamento bibliográfico, a fim de encontrar lacunas nas abordagens no campo das ciências sociais, e propor uma análise de discurso, em um sentido marxista. Como resultado, indicamos dois conjuntos de problemas: um orgânico que tem relação com a condição de país de capitalismo dependente que engendra uma forma de dominação autocrática que influencia diretamente na saúde pública; o outro tem relação com o governo Bolsonaro e sua inércia ao tratar a crise sanitária. Também constatamos o quanto a pandemia desenvolve-se de maneira desigual, atingindo majoritariamente os mais pobres e os negros/pardos, o que evidencia o concreto caráter de classe da pandemia no Brasil. Por fim, indicamos a crítica aos limites das abordagens que defendem a volta do Estado keynesiano como solução diante da crise do neoliberalismo que o coronavírus escancara.
Esta resenha objetiva realizar apontamentos críticos acerca do livro “Sobre o método: do positivismo ao marxismo” de autoria do doutorando em Ciências Sociais pela Universidade Federa do Rio Grande do Norte (PPGCS/UFRN) Hugo Feitosa Gonçalves. As ideias centrais do livro remetem à crítica ao positivismo enquanto método científico que, na aparência, se mostra neutro e livre de valores, mas que na essência, carrega uma miríade de intencionalidade, ao qual o autor vai evidenciando no decorrer dos quatro capítulos que compõem o livro. Nesse sentido, como antítese à concepção positivismo, o autor nos apresenta o materialismo histórico-dialético, originário da produção intelectual dos intelectuais alemães Karl Marx e Friedrich Engels, mostrando que, o contrário do positivismo, esse método procura nas relações sociais de produção os fundamentos para entendimento dos fenômenos que ocorrem no modo de produção capitalista, assumindo assim, que valores e concepções de classe são inerentes ao ato de pesquisar. De leitura leve, objetiva e agradável, indicamos que a obra pode ser utilizada em cursos de graduação de Ciências Sociais como uma forma introdutória de aproximar alunos e alunas nas reflexões metodológicas e de cariz epistemológico, sem com isso, apresentar um conteúdo superficial e raso, mas crítico, profundo e que em sua forma, se apresenta de forma didática.
O crescimento do desemprego e a necessidade de pensar em uma outra economia possível faz da Economia Solidária uma opção para a reflexão em torno das relações sociais de produção na atualidade e qual o papel da Administração enquanto ciência nesse contexto. Com isso, o presente artigo apresenta como objetivo realizar uma reflexão entre a Administração Política e a Economia Solidária por meio de uma ação prática desenvolvida em uma comunidade carente do município de Campina Grande, Paraíba. Trata-se de um relato de experiência das atividades desenvolvidas que apresentou como principais resultados a identificação da necessidade de maior envolvimento da academia nas próprias comunidades e em especial o papel da Administração enquanto ciência que possui a gestão como objeto de estudo em realizar reflexões a respeito da necessidade de adotar uma perspectiva mais humana no provimento das condições de existência material da sociedade. Concluiu-se que a partir das atividades realizadas se faz imprescindível a atuação do Estado por meio de parcerias com a academia brasileira para um maior aproveitamento do potencial de criação de comunidades carentes para o próprio provimento das condições materiais.
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