Com a proibição progressiva do uso de fibras de asbesto na fabricação de laminados à base de cimento, novos produtos têm sido desenvolvidos para suprir esta demanda do setor construtivo. A utilização de fibras de sisal como substituto ao asbesto, além de ser uma proposta ecológica tem grande importância socioeconômica, pois agregará valor a um produto cultivado com sucesso no semi-árido nordestino. Produziram-se, neste trabalho, placas laminadas com matriz de argamassa reforçadas com fibras longas de sisal. Ensaios de flexão em três pontos foram realizados com o objetivo de se estudar a influência da adição de fibras (3%), do número de camadas (2 e 3), da orientação das camadas (0 e 90°) e da pressão de moldagem (0 e 2 MPa) sobre o comportamento à flexão dos laminados. Os resultados indicam que a adição de fibras de sisal aumentou, para todos os casos estudados, a capacidade de absorver energia, a resistência à flexão pós-fissuração e a deflexão última do material. Os laminados reforçados com 3% de fibras de sisal, distribuídas em três camadas ortogonais à direção do carregamento e submetidos à pressão de moldagem de 2 MPa, apresentaram o melhor comportamento mecânico.
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