Objetivo: Realizar uma revisão de literatura sobre acolhimento e atenção à saúde de adolescentes. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura, com uma busca sistematizada. As bases de dados consultadas foram Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Pubmed e os critérios de inclusão: estudos sobre o tema; trabalhos completos e disponíveis; idiomas português, inglês ou espanhol; trabalhos publicados à partir de 2004; todos tipos de estudo, exceto revisão. O conteúdo dos trabalhos foi lido em profundidade e definidas as categorias de análise. Resultados: A busca pelos descritores resultou em 713 estudos, que após a leitura do título, foram reduzidos a 49. Após leitura dos resumos foram selecionados 15 trabalhos para leitura completa. Destes, 9 se encaixaram aos critérios do estudo. Foi encontrada uma baixa procura dos adolescentes pelos serviços de saúde. Foram identificadas condições nos serviços de saúde que interferem na atenção à saúde dos adolescentes. Essas condições foram classificadas como dimensão macro, meso e micro. A dimensão macro se refere a condições do modelo de atenção. A dimensão meso abrange as condições estruturais da atenção ao adolescente e capacitação dos profissionais de saúde. Já a dimensão micro diz respeito às relações interpessoais entre adolescentes e profissionais de saúde. Conclusão: Os resultados deste estudo sugerem que o atendimento à saúde do adolescente exige iniciativas que respondam suas especificidades e, que o acolhimento é fundamental para aproximar o adolescente desse cuidado, pois humaniza, cria vínculo, respeito pela individualidade e autonomia.
Introdução: Após a instalação da pandemia da Covid-19, a atenção em saúde bucal nos serviços de Atenção Primária à Saúde (APS) no Brasil se concentrou nos atendimentos de urgência. Objetivo: Avaliar o impacto da pandemia da COVID-19 no número de atendimentos a urgências odontológicas na APS no Brasil. Métodos: Trata-se de um estudo analítico e ecológico com dados do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica referentes ao número de atendimentos realizados de março a dezembro de 2018 a 2020 nos serviços de APS de todo o Brasil para dor de dente, abscesso e traumatismo dentoalveolares. Diferenças entre as medianas do número de atendimentos mensais antes da pandemia (abril a dezembro de 2018 e 2019) e durante (abril a dezembro de 2020) foram analisadas usando o teste não paramétrico de Mann-Whitney U para amostras independentes considerando os intervalos interquartílicos (IIQ). Resultados: Foram analisados aproximadamente 14 milhões de atendimentos, sendo quase um terço deles ocorridos durante a pandemia. Houve redução na mediana do número mensal de atendimentos a urgências no Brasil (-16,5%; p<0,031). Atendimentos a dor de dente reduziram de uma mediana mensal de 448.802,0 para 377.941,5 (IIQ antes [IIQa]: 416.291,7-506.150,5; IIQ durante [IIQd]: 310.251,0-454.206,5), atendimentos de abscesso dentoalveolar reduziram de 34.929,0 para 27.705,5 (IIQa: 30.215,0-37.870,5; IIQd: 22.216,0-30.048,2) e a traumatismos dentoalveolares de 16.330,5 para 10.975,0 (IIQa: 14.800,0-18.472,7; IIQd: 8.111,2-13.527,5). Conclusão: Foram observadas reduções significativas na realização de procedimentos odontológicos de urgência na APS durante a pandemia de COVID-19.
The objective of the study was to analyze the impact of the COVID-19 pandemic on dental consultations performed in Primary Health Care (PHC) in Brazil. This was an ecological study, with secondary data collected from the Health Information System for Primary Care of the Ministry of Health. Monthly reports were generated regarding individual care in the 27 federative units in the periods from April to December of: 2018/2019 (before the pandemic) and 2020 (during the pandemic), later divided into quarters. Descriptive data, mean differences, and percentage of variation of dental care in PHC were obtained and compared for each state between periods using the Mann-Whitney U-test (α<0.05), by using SPSS program. A total of 55,687,591 cases were analyzed, 13.1% of which were during the pandemic. The monthly average was 12,456.6 consultations before the pandemic and, during, 3,732.7, with a significant reduction of 70.0% (p≤0.01). The first quarter (Q2) after recognition of the pandemic (April to June) showed the largest reduction (85,7%) in consultations nationwide, with April being the most affected and all states had a significant reduction when compared with 2018/2019. All states, with the exception of Amapá, showed significant reductions in the 3rd quarter (Q4), despite the gradual increase in consultations throughout 2020. The pandemic had a negative impact on the number of dental consultations performed in PHC in the country. There was a positive evolution in the course of 2020, but the numbers remain well below the levels that were reached before the pandemic.
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