A castanha de caju é um dos produtos de maior expressão socioeconômica para o território brasileiro, principalmente no semiárido brasileiro. O presente trabalho objetivou analisar os efeitos da aplicação de água residuária da castanha de caju na vazão de distintos modelos de gotejadores. O experimento foi realizado na Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), sendo montado no esquema de parcelas subdivididas, tendo nas parcelas os modelos de gotejadores (G1, G2 e G3) e nas subparcelas os tempos de operação (0, 20, 40, 60, 80, 100, 120, 140 e 160 h), com o Delineamento Inteiramente Casualizado em três repetições. A unidade de aplicação localizada foi composta por nove linhas laterais de 8,0 m, sendo três para cada modelo de gotejador. Essa unidade foi submetida a pressão de serviço de 70 kPa. A cada 20 h de operação da unidade de aplicação foi realizada a medição da vazão de sete gotejadores por linha lateral, durante as 160 h de operação. Paralelamente, amostras da água residuária foram coletadas para caracterização do pH, ferro total, manganês total, sólidos suspensos, sólidos dissolvidos, cálcio, magnésio e população bacteriana. Os resultados indicaram que a formação de biofilme, resultante da interação entre os agentes físicos, químicos e biológicos propiciaram o entupimento parcial dos gotejadores e, consequentemente, redução na vazão dos gotejados das unidades de irrigação; e o gotejador G1 foi mais suscetível ao entupimento do que os gotejadores G2 e G3 devido ao maior comprimento do labirinto e menor vazão.