A otite é uma afecção caracterizada pela inflamação do epitélio do conduto auditivo, compreende cerca de 10 a 20% dos atendimentos da rotina clínica. Possui etiologia multifatorial, sendo isolados agentes como: bactérias, fungos e ácaros. Clinicamente observa-se dor regional, formação de exsudato e/ou cerúmen, de quantidade discreta a intensa, odor fétido, eritema, edema ou descamação e balançar constante de cabeça. O tratamento da otite externa pode ser utiliza limpeza do canal auditivo com produtos ceruminoliticos, podendo estar associado ao uso de produtos anti-inflamatórios, bacterianos ou antifúngicos tópicos. O objetivo foi realizar treinamento aos estudantes de medicina veterinária na limpeza otológica em cães com otite externa com a implantação do setor otológico, assim como, orientar os proprietários dos animais no esclarecimento e controle desta enfermidade. Foram atendidos 30 animais, onde foram realizadas 2 seções de limpeza do pavilhão auricular com solução Clorexidina 2% e água oxigenada com intervalo de 7 dias. Todos os animais do estudo obtiveram melhora dos sinais clínicos, demonstrando assim que independentemente da causa das otites externas nos cães atendidos as duas lavagens otológicas com intervalo de sete dias mostraram resultados satisfatórios.
Mastocitoma é um tumor de células redondas caracterizado por alterações neoplásicas e proliferação de mastócitos. O diagnóstico pode ser realizado com base na anamnese, exame de citologia aspirativa e histopatológico para definir o tipo de células presentes e grau de malignidade da massa. Com relação ao tratamento, este pode envolver abordagem cirúrgica, associada ou não a quimioterapia e radioterapia. Este relato teve como objetivo destacar aspectos clínicos, diagnóstico e terapêuticos de mastocitoma canino, descoberto em grau elevado, em macho idoso, da raça Dachshund. O animal apresentava lesão ulcerativa na pele, través da citologia foi observada presença de mastócitos, plasmócitos e eosinófilo, sendo indicada a excisão cirúrgica e o histopatológico para confirmação do tipo neoplásico. Em histopatológico foi confirmado Mastocitoma grau III (Patnaik)/grau elevado (Kiupel), caracterizando prognóstico reservado para o quadro. Houve recidiva da lesão 20 dias após a remoção cirúrgica, sendo indicado tratamento quimioterápico, feito com Vimblastina®, 2,5 mg/m², associado à cerenia® 5mg/Kg, com aplicações semanais. Como tratamento suporte base de Predsim® 0.5mg/Kg, BID, durante 15 dias e após este período para 0,5mg/Kg, SID, por mais 15 dias; ômega 3, 500mg/10Kg, SID; ranitidina 2mg/Kg, BID. Todavia a massa aumentou de tamanho mesmo com a quimioterapia e o paciente necessitou passar por novo procedimento cirúrgico, removendo nova massa de 16 cm. Após o procedimento paciente começou a apresentar inapetência, febre, taquicardia, taquipnéia, linfonodo axilar e regionais aumentados vindo posteriormente a óbito. A quimioterapia associada a glicocorticóide não se mostrou eficaz na redução da neoplasia levando a antecipação da cirurgia para exérese da massa tumoral. O acompanhamento clínico é indispensável para manutenção do bem estar animal e no estadiamento do tumor para identificação precoce do câncer respondendo melhor a um tratamento eficaz. Isso resulta em uma maior probabilidade de sobrevida, menor morbidade e um tratamento menos dispendioso.
O mastocitoma cutâneo é o tumor de pele de maior prevalência em cães com idade entre 8 e 10 anos de comportamento agressivo, com metástase generalizada, de curso rápido, levando muitas vezes o animal a óbito. Diante disso, esse estudo tem como objetivo descrever um relato de caso acerca da homeopatia inserida na terapia complementar em pacientes veterinários oncológicos, tendo como intuito, reunir e identificar os benefícios dessa terapia na remissão tumoral, diminuição dos efeitos adversos provocados pela doença e pela terapia convencional. Foi atendido um animal da espécie canina, fêmea, sem raça definida, de oito anos de idade, apresentando um nódulo único, não ulcerado, aderido, de aproximadamente 2cm de diâmetro. O diagnóstico do mastocitoma foi baseado na citologia e no exame histopatológico da lesão. Em histopatológico foi confirmado Mastocitoma grau III (Patnaik)/grau elevado (Kiupel), caracterizando prognóstico reservado para o quadro. Foi utilizado vimblastina na dose de 2mg/m2, injetável, uma vez na semana por 12 semanas e prednisona na dose de 1mg/kg por via oral totalizando 12 semanas e o Viscum album por via oral na dose de cinco glóbulos três vezes por dia durante seis meses. Foi observado que a utilização desta planta proporcionou melhor qualidade de vida ao animal durante o tratamento quimioterápico afim de evitar o surgimento de metástases a curto prazo e a longo prazo.
Caracterizada por um processo inflamatório no conduto auditivo externo a otite externa afeta grande parte dos pacientes na rotina clinica veterinária. Com patogenicidade fungica ou bacteriana, seu tratamento deve ser escolhido com base nos resultados dos exames clínicos e laboratoriais, desde a limpeza do conduto auditivo com soluções salinas e ceruminolíticos, terapias antibióticas tópicas ou sistêmicas até intervenções cirúrgicas em casos mais graves. Dos pacientes estudados 16,6% dos animais possuíam uma infecção mista por Pseudomonas ssp. + Malassezia pachydermatis, 33,3% possuíam uma infecção mista por Staphylococcus ssp. + Malassezia pachydermatis, 25% possuíam infecção por Staphylococcus e 25% dos animais possuíam uma infecção causada somente por Malassezia pachydermatis. No teste de sensibilidade in vitro aos antimicrobianos alopáticos revelou que a amostra de Pseudomonas ssp foi sensível a todos os antimicrobianos testados. O isolamento de Staphylococcus ssp., Pseudomonas ssp. e Malassezia pachydermatis do conduto auditivo de todos os cães deste estudo demonstra a participação destes nos quadros de otite externa. As diferenças de sensibilidade in vitro aos antimicrobianos testados reflete a necessidade da realização de cultura e antibiograma, sobretudo para as otites recorrentes
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