INTRODUÇÃO: A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa cujo tratamento é longo e possui, além da duração, fatores que reduzem sua adesão. Tais fatores evidenciam-se fortemente na população em situação de rua (PSR), mais vulnerável à infecção por TB. METODOLOGIA: Revisão narrativa de literatura, em inglês e português nas bases da PubMED/MEDLINE, SciELO, BVS e OPAS/PAHO utilizando os descritores "Tuberculosis", "Pulmonary", "Homeless" e "Medication Adherence". Análise de estudos pré-existentes, buscando a síntese de informações da temática. RESULTADOS: Seleção de 48 artigos, dentre os quais 27 preenchiam os critérios de inclusão e exclusão, cujas informações compuseram o artigo. DISCUSSÃO: O tempo de tratamento e seus efeitos colaterais afetam a adesão à terapêutica da TB na PSR. O uso de drogas e álcool, infecção por HIV, baixa escolaridade, falta de apoio familiar, fatores socioeconômicos e outras condições relacionadas à PSR, influenciam nessa problemática, tornando tal grupo mais vulnerável e com maiores taxas de abandono do tratamento. Almeja-se melhorar tal questão mediante políticas públicas que ainda demonstram-se insuficientes. CONCLUSÃO: Apesar da existência de políticas públicas que visem a resolução da problemática, a PSR possui maior vulnerabilidade à infecção por TB, menor adesão ao tratamento e pior prognóstico comparado a população em geral.
Introdução: O hímen localiza-se na abertura do introito vaginal, no limite entre os órgãos genitais femininos internos e externos. Possui importância simbólica em algumas culturas por marcar o inícioda vida sexual da mulher. Na embriologia, o seio urogenital origina os dois terços inferiores da vagina,a qual, em torno do 5º mês de vida embrionária, torna-se uma placa canalizada, porém ainda separada por uma delgada lâmina, que virá a ser o hímen. A porção central da membrana himenal desaparece antes do nascimento, resultando na abertura do hímen da vagina para o introito e sua borda pode apresentar-se fimbriada, circunferencial ou posterior. Variações himenais anormais, como hímen navicular, septado, cribriforme (tipo “peneira”), microperfurado e imperfurado resultam de diferentes graus de falha da abertura central no período perinatal. Quanto ao hímen septado, trata-sede uma condição incomum que pode cursar com infecções recorrentes e dispareunia, afetando a qualidade de vida da mulher. Relato de caso: Paciente de 27 anos, coitarca há seis meses, com dispareunia à penetração desde o início da vida sexual. Negava patologias. Ao exame, apresentava hímen septado com orientação vertical, sem outras alterações em órgãos genitais externos. Ecografia da pelve condizente com a normalidade para a faixa etária e gênero. Realizou-se exérese ambulatorial de septo himenal com bisturi elétrico, sob anestesia local, sem intercorrências. Na reavaliação, o orifício himenal era pérvio, sem sinais de suboclusões, sem aderências e com cicatrização completa. A paciente foi liberada para atividade sexual e evoluiu sem queixas. Conclusão: O processo embrionário de canalização do canal vaginal pode resultar em variações suboclusivas himenais, como o hímen septado, que possui um modo de herança ainda pouco conhecido, havendo o risco de outras mulheres da família apresentarem uma anormalidade semelhante. Contudo, não há associação com malformações anogenitais ou do trato urinário, tal como pode ocorrer em casos de oclusão total (hímen imperfurado). No hímen septado, há passagemdo fluxo menstrual sem formação de hematocolpo, mas, pela presença do tecido no local, pode haver retenção de parte desse fluxo, favorecendo a ocorrência de vulvovaginites. Ele pode ainda dificultar a inserção de tampões e cremes vaginais e causar dispareunia à penetração. Logo, a detecção da variante himenal deve ser ao nascimento e a correção cirúrgica é indicada na puberdade, antes da menarca, para evitar complicações associadas ao fluxo menstrual ou à atividade sexual. Pode ser feita em consultório, sob anestesia local, com o consentimento da paciente. Esse relato mostra a importância do exame físico da genitália externa na pré-púbere, evitando um diagnóstico tardio, que ainda é o mais comum e que afeta a qualidade de vida das pacientes. As anomalias suboclusivas do hímen devem ser diferenciadas de malformações graves e é necessário considerar a possibilidade de ocorrência familiar.
No abstract
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2025 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.