RESUMOObjetivo: analisar os critérios para uso e monitorização de restrições físicas em pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Método: a pesquisa teve caráter exploratório, descritivo e qualitativo e foi realizada em duas UTIs da Bahia, com 85 profissionais de enfermagem. Os dados foram organizados com base na análise temática. Resultado: a equipe de enfermagem justifica a utilização da restrição física para a segurança do paciente. Como critério para seu uso, verificam-se o nível de consciência, o grau de agitação e/ou a desorientação. Para a monitorização, observam-se a integridade cutânea e as alterações do nível de consciência. Por isso, a avaliação neurológica foi a técnica mais empregada pelos profissionais para verificar a necessidade de restrição. O conhecimento da equipe em relação aos instrumentos legais que regem esse procedimento se mostrou superficial. Conclusão: identificaram-se fragilidades nos critérios de monitorização e suspensão da restrição física, visto que o conhecimento ainda é incipiente e que não há protocolos definidos. Descritores INTRODUÇÃOPaciente crítico ou grave é aquele que se encontra em risco iminente de perder a vida ou a função de algum órgão/sistema do corpo humano, ou seja, aquele que se encontra em frágil condição clínica, que requer cuidado imediato (1) . Quando internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), ele se utiliza de monitorização multiparamétrica contínua, além de diversos artefatos terapêuticos para manejo eficaz de seu quadro. Tais pacientes podem, de forma intencional ou não, remover dispositivos como tubos endotraqueais, acessos vasculares, sondas. Além disso, existe um risco de ocorrên-cias de quedas quando confusos, desorientados ou agitados. Diante disso, muitas vezes, torna-se necessário utilizar alguma forma de proteção para garantir sua segurança.Um dos métodos mais comuns para garantir segurança ao paciente crítico é o uso de restrições físicas (2) , identificadas também como contenções mecânicas ou contenções físicas, que se configuram como um método restritivo da liberdade de movimento da pessoa, da mobilidade física ou do acesso normal ao seu corpo (3) . As restrições mais utilizadas são aquelas instaladas nos membros superiores, exceto em terapia intensiva, na qual as restrições de pulso são as mais utilizadas por meio de curativos e faixas de gaze (2) . No que se refere ao seu uso, esse método deve ser empregado em casos de necessidade de proteção ao paciente contra lesões, traumas, quedas, deslocamento de dispositivos e outros. Ademais, serve para prevenir a interrupção do tratamento a que o enfermo vem sendo submetido (4) . Sua utilização, entretanto, também tem sido frequente em situações de agitação, embora se recomende, primeiramente, a identificação da causa, a fim de se avaliarem alternativas de tratamento antes da restrição (5) . O emprego de restrições físicas é prática comum no Brasil, porém controversa, tendo em vista o uso frequente e desenfreado dessa técni-ca sem avaliação, de caráter coercitivo/punitivo, ...
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