A leptospirose é uma zoonose de distribuição mundial cuja transmissão às espécies suscetíveis ocorre pelo contato direto ou indireto com indivíduos infectados. A moléstia é causada por bactérias do gênero Leptospira, acomete tanto humanos quanto animais. No meio rural, o risco dos humanos em adquirir a doença é maior do que para os moradores do meio urbano, principalmente pelo contato com animais domésticos, sinantrópicos e silvestres. Nesse contexto, este trabalho objetivou revisar os principais estudos epidemiológicos sobre a leptospirose na área rural do estado do Rio Grande do Sul (RS) nos últimos vinte e cinco anos, inferindo sobre a influência das atividades agropecuárias nos casos da doença em humanos. Evidencia-se que as populações rurais no RS, principalmente as localizadas na região sul e central estão mais expostas e possuem maiores chances de contrair a leptospirose, quando comparadas com a zona urbana. No RS, as atividades que envolvem longos períodos de trabalho em contato com a água e a indisponibilidade, na maioria das vezes, de equipamentos de proteção individual (EPI), aumentam o risco para a contaminação com o agente. Entre os animais domésticos, destacam-se os caninos e bovinos como importantes transmissores da enfermidade para os humanos no meio rural. Além disso, falhas no saneamento e coleta de lixo favorecem a presença de roedores nas propriedades, elevando o risco para a ocorrência da doença. Assim, medidas como a reeducação, a informação sobre os principais fatores de riscos da doença e o uso de EPI podem ser utilizadas para prevenir casos graves de leptospirose no meio rural do RS.
O objetivo deste estudo foi realizar um levantamento sorológico da leptospirose em suínos abatidos em frigorífico da cidade de Pelotas, RS. Das 108 amostras de soro suíno analisadas, 38,88% foram reagentes no teste de soroaglutinação microscópica (MAT). Dos 42 suínos reagentes, 45,24% eram provenientes da região de Rodeio Bonito, 26,20% da região de Pelotas, 14,28% da região de Horizontina e 14,28% da região de Santo Cristo. Os sorovares mais frequentes foram Canicola, Autumnalis e Copenhageni com 52,38%, 23,80% e 21,42% respectivamente. Quanto à titulação, os títulos mais altos foram de 1:800, observados contra os sorovares Canicola, Autumnalis e Bratislava. Com a soroprevalência relativamente alta em populações suínas revelada aqui, vê-se a importância do controle da leptospirose nos rebanhos suínos.
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