INTRODUÇÃO: No âmbito institucional, diversos aspectos interferem na qualidade de vida dos idosos, dentre eles a condição de saúde, a qual pode influenciar no estado nutricional. Nessa perspectiva, há necessidade de mais estudos com ênfase na condição de saúde oral dessa população. OBJETIVO: Investigar a condição de saúde oral e o estado nutricional de idosos institucionalizados. MÉTODOS: Estudo transversal, multicêntrico, com idosos ≥60 anos, de ambos os sexos, residentes em Instituições de Longa Permanência, localizadas em Salvador - BA e em Brasília – DF. A condição de saúde oral foi avaliada pelo exame clínico intra oral e a auto percepção da saúde oral, pelo GOHAI (General Oral Health Assessment Index). A avaliação do estado nutricional foi realizada pela MAN (Mini Avaliação Nutricional). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética sob o nº. 3.793.529. RESULTADOS: O sexo feminino representou 58,7% da amostra e a média de idade foi 76 anos (DP:9,98). Quanto ao estado nutricional, 60,9% dos residentes estavam desnutridos ou em risco de desnutrição. A baixa percepção da saúde oral se mostrou presente em 80,4% dos idosos, sendo mais prevalente entre as mulheres (56,8%). Observou-se a prevalência de 71,7% dos idosos com edentulismo e 45,7% em uso de prótese mal adaptada. CONCLUSÃO: Os idosos, em sua maioria, apresentavam condição de saúde oral inadequada e desequilíbrio nutricional. Há que direcionar estratégias integradas preventivas e de tratamento no campo de nutrição e odontologia para idosos institucionalizados.

A população idosa dispõe de memórias que refletem diferentes momentos de incertezas alimentares e políticas públicas voltadas à alimentação. Nesse sentido, este trabalho objetiva analisar a história alimentar de idosos, sobretudo no que concerne aos significados da insegurança alimentar e nutricional em suas vidas, bem como suas implicações nas escolhas alimentares atuais. O estudo foi desenvolvido por meio de narrativas autobiográficas na perspectiva sócio-histórica. Os resultados mostram a coexistência da negação da fome e das estratégias utilizadas nos momentos de insegurança alimentar e nutricional vivenciados pelas participantes e suas famílias. Também são apresentados os desejos alimentares que surgiram em momentos vulneráveis anteriores e como eles afetam a alimentação atual dos participantes. Diante do observado, destaca-se que a escuta do sujeito permitiu uma reflexão e percepção da alimentação para além do campo biológico, evidenciando a complexidade da experiência alimentar desses indivíduos.