A prática contemporânea da Psicologia no contexto do trânsito brasileiro assume uma perspectiva interdisciplinar. O presente artigo parte da ideia que o trânsito é um fenômeno social, assim sendo, a elaboração de métodos educativos deve promover a reflexão sobre as questões culturais relacionadas a promoção de segurança nesse contexto. Buscou-se analisar e discutir a produção acadêmica no campo da Psicologia do Trânsito e da Educação, publicados nas bases de dados digitais scielo.br (Scientific Electronic Library Online) e pepsic.bvsalud.org (Portal de Periódicos Eletrônicos de Psicologia). A partir de levantamento nas referidas bases de dados, utilizando os descritores “psicologia”, “trânsito” e “educação” foram encontrados quatro artigos no scielo.br e cinco artigos no pepsic.bvsalud.org. Os estudos foram analisados e refletidos segundo os critérios: data de publicação, autoria, filiação institucional, objeto de estudo, enfoques teórico/metodológico e conclusões. A fim de verificar o crescimento e a atualização da produção científica, de suas características e lacunas, além de socializar o conhecimento produzido através das pesquisas já publicadas, optou-se pela metodologia Estado da Arte. Por meio da análise dos artigos, percebeu-se que apesar da pesquisa ter sido realizada no ano de 2021, os artigos foram publicados no período de 1986 a 2015. Os autores concebem que a prática educativa relacionada a Psicologia deve levar em consideração o trânsito como uma questão social, destaca a importância de as práticas psicológicas dialogarem com outras áreas de conhecimento e da necessidade implementação de políticas públicas que envolvam a educação para redução de acidentes no trânsito. A presente pesquisa foi realizada em duas importantes bases de dados, por isso considera-se um quantitativo restrito sobre o tema. Sobre a abordagem metodológica, apenas dois estudos não são revisão de literatura, assim alerta para a necessidade de desenvolver pesquisas empíricas que possam avaliar a importância, os tipos de estratégias e o progresso das práticas educativas que devem ser implementadas ou que já foram desenvolvidas. Foi notório que pouco se tem produzido com o foco na esfera da educação básica. Contudo, conclui-se que para a realização de ações educativas que possam envolver a população desde da infância, de forma contínua e sem interrupção, até a fase adulta é necessário que haja implementação de política nos níveis federal, estadual e municipal. Por fim, sugere que a Psicologia oferece subsídio para a compreensão dos aspectos sociais, culturais e subjetivos envolvidos na inter-relação homem e trânsito.