O desenvolvimento do etanol lignocelulósico, obtido a partir de biomassas consideradas resíduos, tem ocupado posição de destaque junto às pesquisas realizadas sobre o tema energético. Neste trabalho utilizou-se as biomassas bagaço de cana-de-açúcar, capim elefante e serragem de madeira (Angelim vermelho) para a avaliação dos teores de celulose e lignina antes e depois de serem submetidas a uma combinação de pré-tratamentos que envolvem pré-tratamento físico e pré-tratamento químico (ácido e alcalino). Desta forma pôde-se avaliar se a aplicação desses pré-tratamentos é favorável para o processo de hidrólise enzimática para geração de açúcares fermentescíveis e posterior processo de fermentação microbiana para obtenção de etanol lignocelulósico. Os resultados nos permitiram concluir que a combinação de pré-tratamentos foi mais satisfatória para promover a deslignificação, que é uma das principais barreiras encontradas para a geração do etanol lignocelulósico sendo que o teor de lignina para a cana-de-açúcar obteve redução de 46,53% após submissão ao pré-tratamento, na serragem a redução foi de 28,45%, enquanto que o capim elefante obteve melhor resultado com 62,16% de redução. Quanto ao teor de celulose os resultados variaram em função das biomassas, para a cana-de-açúcar ocorreu uma maior disponibilidade da celulose com acréscimo de 12,21%, para as outras duas biomassas observou-se que o pré-tratamento provocou perda de celulose disponível, tendo em vista que ocorreu redução no teor de 8% para o capim elefante e de 18,62% para a serragem.
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