: A fasciíte necrotizante consiste em uma doença bacteriana infreqüente dos tecidos moles de evolução rápida, caracterizada por um acometimento da fáscia superficial, trombose venosa de pequenos vasos e supuração, sendo que a pele e o músculo subjacente são inicialmente preservados. Pode acometer qualquer parte do organismo, mais comumente a parede abdominal, os membros e o períneo. É mais encontrada nos adultos do que em crianças, e como fatores predisponentes: diabetes tipo II, idade avançada, câncer ,doença vascular periférica, trauma. O tratamento ideal consiste no desbridamento cirúrgico amplo, aos cuidados intensivos, à antibioticoterapia de amplo espectro, oxigenioterapia hiperbárica. Objetivo: Descrever o caso de fasciíte necrotizante acometendo um paciente com diabetes mellitus e a importância de um diagnóstico precoce. Relato de Caso: Paciente J.S.C, 60 anos, masculino, branco, motorista, diabético, hipertenso, residente Campos dos Goytacazes foi admitido no Hospital Escola Álvaro Alvim com edema , hiperemia e calor local na perna esquerda. A hipótese diagnóstica inicial foi celulite de membro inferior esquerdo, sendo introduzido Ciprofloxacina e Oxacilina. Foi solicitado um eco color Doppler do sistema venoso e ultrassonografia do membro inferior esquerdo que revelou a presença de abscesso muscular na panturrilha esquerda e afastou a presença de trombose venosa profunda associada. Foi aventada a hipótese diagnóstica de fasciíte necrotizante, confirmada pelo cirurgião vascular, sendo programada a drenagem cirúrgica ampla na perna esquerda. Conclusão: O presente relato enfatizou a importância do diagnóstico precoce da fasciíte necrotizante e a importância dos fatores predisponentes como o diabetes mellitus.
Introdução: Anualmente mais de 18,1 milhões de pessoas no mundo são diagnosticadas com câncer, sendo que mais da metade morrem vítimas dessa doença. Sabe-se que 50% dos casos no Brasil são diagnosticados em fases avançadas e 70% estão relacionados a fatores ambientes e poderiam ser evitados com uma mudança no estilo de vida. No que tange a mortalidade, as neoplasias malignas gastrointestinais estão entre as maiores causadoras de morte. Objetivo: Esse trabalho visa analisar o perfil clínico e sobrevida de pacientes com neoplasias malignas gastrointestinais tratados no Hospital Escola Álvaro Alvim, durante cinco anos. Métodos: Estudo observacional, retrospectivo e descritivo, realizado no setor de oncologia do Hospital Escola Álvaro Alvim (HEAA), com análise secundária e anônima de prontuários médicos de 675 pacientes com neoplasias malignas de gastrointestinais entre de 01 de janeiro de 2012 a 31 de dezembro de 2016, e aprovado pelo Comitê de Ética. Foram incluídos os maiores de 18 anos diagnosticados com neoplasia maligna gastrointestinais confirmado por exame histopatológico no HEAA, e excluídos os menores de 18 anos com exame negativo para essas neoplasias. e que, portanto, não são acompanhados no hospital. As análises das variáveis sociodemográficas e clínico-patológicas foram realizadas através de proporções e médias, utilizando gráficos e tabelas, com auxílio de programa estatístico. Resultados e Discussão: Do total de 675 pacientes, 25,8% apresentavam tumores localizados na região gástrica e 74,2% na região intestinal. Homens (52,7%), brancos (31,1%), casados (49,6%), com 60 anos ou mais (54,2%), procedentes de Campos dos Goytacazes (71,7%), com histórico de câncer familiar (24,6%), sem hábitos, como tabagismo (36,3%) e etilismo (36,1%), com tumores classificados histopatologicamente como adenocarcinoma (68,9%), em estadiamento clínico avançado (42,2%), submetidos a tratamento cirúrgico primário (37,5%), que não apresentavam metástase (85,6%), nem progressão da doença (61%) e que não vieram a óbito (32%) foram os mais acometidos pelas neoplasias malignas de gastrointestinais. Foram observadas associações entre estadiamento avançado e tipo histopatológico adenocarcinoma (p=0,024), tratamento quimioterápico (p=0,010) e óbito (p≤0,0001). Já as neoplasias intestinais foram associadas ao sexo feminino (p≤0,0001), não tabagismo (p=0,002) e não etilismo (p=0,001). A sobrevida global (SG) média da população do estudo foi de 36,2 meses. Pacientes do sexo masculino (p=0,014), com câncer gástrico (p≤0,0001), em estadiamento clínico IV (p≤0,0001), com metástase ao diagnóstico (p≤0,0001) apresentaram uma pior SG. Conclusões: As neoplasias malignas de gastrointestinais apresentam uma incidência elevada na população do Norte Fluminense. O câncer intestinal foi a neoplasia maligna de maior incidência, seguida do câncer gástrico, corroborando com os dados da literatura. Este levantamento epidemiológico contribui para traçar um perfil clínico, estratificando os grupos de risco e auxilia na prevenção, detecção precoce e tratamento para as neoplasias malignas gastrointestinais.
A Leucoencefalopatia posterior reversível (LEPR) caracteriza-se por cefaléia, vômitos, alteração cognitiva, convulsões e perda visual, incluindo cegueira cortical. Essa síndrome é resultante do vazamento capilar e ruptura aguda da barreira sanguínea cerebral. A LEPR é visualizada em algumas condições clínicas, as principais são: hipertensão abrupta e imunossupressão. O diagnóstico é realizado através da clínica e neurorradiológica. A doença é considerada benigna, caso o diagnóstico e tratamento sejam precoces, devido ao seu potencial de reversibilidade. O objetivo foi escrever dois casos de LEPR, analisando as manifestações clínicas apresentadas, a fim de fazer uma discussão comparativa dos sinais/sintomas mais frequentes e incentivar a importância do diagnóstico precoce dessa doença. Foi realizado estudo descritivo a partir dos dados do prontuário de dois pacientes admitidos no Hospital Escola Álvaro Alvim - Campos dos Goytacazes - RJ. Em relação aos sintomas descritos pelos pacientes apesar de certa variabilidade, ambos apresentaram uma alteração cognitiva e perda visual abrupta. Essa é uma doença de conhecimento recente e é fundamental seu diagnóstico para abordagem adequada, promovendo menor morbidade para o paciente.
Peutz Jeghers, uma doença autossômica dominante, que apresenta polipose e pigmentação da pele, e uma chance de até 93% de câncer. Homens e mulheres são igualmente afetados, sem preferência racial, é considerada uma doença rara. O diagnóstico é clínico, apoiado por um teste genético. Haì variabilidade da sintomatologia, desde leves à graves com hospitalizações e cirurgia. Objetivo: Relatar um caso enfatizar a importância da valorização da queixa do paciente, capaz de levar a um diagnóstico precoce e instituir devido acompanhamento e tratamento. Relato de Caso: V.R.M, 14 anos, feminina, no ambulatório de Dermatologia tinha queixa de lesões hiperpigmentadas em lábios inferiores que a atrapalhava socialmente. A mãe relata ter sua primeira memória sobre as manchas antes dos 2 anos de idade. Negava pessoas na família com lesões semelhantes ou qualquer outro sintoma clínico relacionado. Foi encaminhada ao gastrenterologia, com exame físico sem alteração. Sendo solicitado uma endoscopia digestiva alta e colonoscopia, que tiveram como resultado: múltiplos pólipos sésseis de microscopia hamartomatosa do tipo Peutz Jeghers com ausência de sinais de malignidade. A paciente foi orientada ao acompanhamento clínico, repetindo esses exames periodicamente. Conclusão: Esse é um caso raro, não só pela sua síndrome polipoide familiar em si, mas também pela sua apresentação ser exclusivamente dermatológica. As manifestações clínicas da Síndrome de Peutz Jeghers costumam ser mais específicas e contundentes, assim como a presença de história familiar. Apresenta uma lesão dermatológica capaz de apontar futuras possíveis neoplasias, sendo instiuido o devido tratamento.
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