Introdução:A otosclerose é uma afecção muito frequente da cadeia ossicular, contudo, outras afecções dessa cadeia e do próprio estribo podem ser responsáveis por deficiências auditivas condutivas. Objetivo: Avaliar quais e quantas alterações ocorreram na cadeia ossicular em cirurgia da orelha média em pacientes com deficiência auditiva condutiva. Método: Análise retrospectiva de todas as cirurgias realizadas com indicação de estapedotomia, estapedectomia ou timpanotomia exploradora no período entre 2007 e 2015. Resultado: Dos 81 procedimentos realizados, 12 (14,81%) apresentaram, no intraoperatório, alterações diferentes da otosclerose: fusão, rigidez ou ausência da cadeia ossicular, agenesia do estribo e janela oval, deiscência do canal semicircular superior, agenesia ou erosão da bigorna e desarticulação incudo-estapediana. Conclusão: O cirurgião otológico deve ficar atento às diversas etiologias das perdas auditivas condutivas, a fim de que incorra o menos possível em erro diagnóstico, evitando assim intervenções desnecessárias. Porém, é importante ressaltar que em alguns casos é difícil estabelecer o diagnóstico com os meios que hoje temos, previamente à exploração cirúrgica.
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