Os incêndios florestais podem ser considerados como um dos grandes problemas ambientais atualmente, causando danos em escala local e até global. Ainda são escassos os estudos envolvendo a determinação de inflamabilidade das espécies vegetais bem como o seu potencial para aplicação como cortinas de segurança. As cortinas de segurança consistem em plantios com espécies de menor inflamabilidade em relação ao cultivo principal, que tem como objetivo reduzir e/ou prevenir a propagação do fogo. O estudo da inflamabilidade das principais espécies de uma formação vegetal é essencial e ajuda traçar um perfil do comportamento do fogo, como também estabelecer quais espécies podem ser utilizadas neste método de proteção. Neste sentido, o presente artigo teve como objetivo avaliar as características da inflamabilidade de seis espécies florestais do cerrado no Tocantins: Tartarena (Tachigali aurea Tul.), Veludo Branco (Guettarda viburnoides), Redondinha (Antonia ovata Pohl), Pau de Leite (Himatanthus obovatus) e Pau Pombo (Tapirira obtusa), utilizando a metodologia proposta por Petriccione (2006) e Valette (1992) e sua potencialidade na aplicação como cortinas de segurança. As queimas experimentais foram realizadas em um Epirradiador com potência nominal de 500 W, com uma faixa de temperatura controlada em torno de 600 °C. Foi determinada a umidade (%) de cada espécie e posteriormente procedeu-se a análise de variância (ANOVA) para cada espécie para comparação entre médias e a Análise de correlação de Pearson. A partir das análises foi possível se obter os dados de inflamabilidade das espécies pela determinação da frequência de ignição (FI) o tempo de ignição (TI), o tempo de combustão (TC) e a altura da chama (HC). Em relação às espécies estudadas não foi observada uma correlação significativa entre os dados de umidade e de inflamabilidade. No entanto, são necessários estudos mais aprofundados para analisar a correlação dos dados de inflamabilidade das espécies com as características específicas da planta, tanto fisiológicas e ecológicas. Verificou-se que somente uma das espécies estudadas foi considerada pouco inflamável (Tachigali aurea), se destacando com valores significativamente abaixo que as demais, o que sugere o seu potencial para utilização em cortinas de segurança, sendo que as cinco demais estudadas foram considerados moderadamente ou altamente inflamável.
Buscando corrigir as inadequações do modelo difusionista clássico ao mundo "subdesenvolvido", como a América Latina, o sociólogo estadunidense Everett Rogers desenvolveu o modelo difusionista produtivista ou inovador, propondo que a mudança da estrutura se dê por meio da difusão e adoção de ideias novas (FONSECA, 1985). Este período (entre 1964 -1980) se caracterizou pela abordagem "difusionista produtivista" dos serviços de ATER, que tinha por objetivo incorporar inovações junto aos agricultores chamados progressistas, ou seja, aqueles mais abertos às mudanças. Gerando, desta forma, uma reação em cadeia e encurtando o tempo intermediário entre uma inovação pelos centros de pesquisa e sua adoção generalizada pelos agricultores (BORDENAVE, 1983).Este modelo difusionista subdivide-se em difusão de conhecimento (difusão através dos meios de comunicação e instâncias impessoais) e difusão de convicção (se dá através de canais interpessoais).Esta segunda etapa tem significativa importância no processo visto que é o momento da tomada de decisão, destacando a importância dos agricultores progressistas e seus exemplos nas práticas de adoção de inovações (ROGERS, 1974). Segundo o autor, o processo de transformação de um sistema social (cambio social), é dividido em duas categorias: cambio inmanente (intrínseco), quando os membros de um sistema social buscam desenvolver uma inovação sem influência externa, e cambio por contato, quando se introduz num sistema social uma ideia nova originada em fontes externas, como foi o caso da Revolução Verde no Brasil e demais países da América Latina.Este modelo de desenvolvimento comprometeu a autonomia produtiva no campo e colaborou com o agravamento da concentração de terras, da poluição, do êxodo rural, empobrecimento do meio rural e exclusão social dos agricultores de autoconsumo ou que acessavam apenas os mercados locais de comercialização (FONSECA, 1985).Na década de 1990 é lançado o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com intuito de ser um instrumento capaz de aumentar as possibilidades de investimento dos agricultores familiares e promover a mudança da base técnica da agricultura no Brasil (AQUINO; SCHNEIDER, 2015), pautando o serviço de ATER num direcionamento burocrático.Na mesma década, a capacidade de explicar a nova perspectiva do meio rural fez com que o termo agronegócio se popularizasse, caracterizado pelo crescimento das exportações de produtos agrícolas e agroindustriais, e traduz a complexa integração do setor, apoiada pelas inovações tecnológicas, uso de maquinários, insumos químicos e assistência de cientistas, pesquisadores e especialistas. Novas relações de trocas são estabelecidas por esta integração entre setores da economia, configurando um
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