Introdução: Beta-endorfina é um hormônio peptídeo opióide endógeno muito importante para diversos sistemas, como cardiovascular, respiratório, reprodutor e imune. Ela é secretada primariamente pela glândula hipófise anterior, durante situações de estresse e eventos dolorosos. O peptídeo atinge a circulação sanguínea e interage com receptores opióides específicos no corpo, principalmente os Mu-receptores, causando analgesia por inibir a ação do sistema somatossensorial, regulando a nocicepção corporal e agindo como “analgésico endógeno”. Como a beta-endorfina é sintetizada frente a situações de estresse, o exercício físico é um dos principais estímulos para a sua produção. Diante disso, o trabalho foi idealizado a fim de identificar as oscilações dos níveis plasmáticos de beta endorfina de acordo com o tipo, intensidade e duração dos exercícios, bem como comparar seu potencial analgésico com o de opióides. Objetivo: Identificar o potencial analgésico da beta endorfina comparada com o uso de outros opióides exógenos, principalmente a morfina. Relacioná-la com tipo, intensidade e duração do exercício físico e sobre treinamento. Materiais e métodos: A pesquisa foi desenvolvida com base na pergunta: “Há oscilação dos níveis plasmáticos de beta-endorfina em relação à intensidade, tipo e duração do exercício físico para a promoção da analgesia?” e "Há relação entre a beta endorfina e o uso de opióides, como por exemplo a morfina?”. Foram usados bancos de dados em medicina tais como PUBMed e Scielo, além de revistas acadêmicas para aprofundamento da pesquisa. Resultados: Como a beta-endorfina é produzida frente a situações de estresse, qualquer tipo de atividade física que leve a um gasto energético significativo, seja ele aeróbio ou anaeróbio, promoverá a secreção desta. Sua secreção é volume/intensidade dependente e induz o aumento significativo nos seus níveis plasmáticos após uma hora de exercícios, podendo sofrer queda no treinamento excessivo. Além disso, seu potencial analgésico é 20 a 33 vezes maior comparado com o de opióides exógenos, podendo sobrepô-los em alguns casos e em outros apenas complementá-los. Somado ao alto potencial analgésico da beta endorfina, ela também atua diminuindo o limiar de dor, promovendo um aumento na tolerância desta. Conclusão: O exercício físico, seja ele aeróbio ou anaeróbio, é de suma importância no papel analgésico da beta-endorfina, uma vez que é o principal estímulo para a produção desse hormônio e por aumentar a tolerância à dor. Os efeitos promovidos pelo hormônio podem ser sentidos até uma ou duas horas do início de sua liberação. Além disso, a beta-endorfina é capaz de se modular e sobrepor à morfina, no entanto, ainda faltam dados suficientes para calcular a concentração necessária do peptídeo endógeno para a promoção de analgesia semelhante ou superior à da morfina. Palavras chaves: beta-endorfina; exercício; analgesia; opióides.
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