A instituição de áreas de elevado valor biológico por meio da criação de Unidades de Conservação (UC) tem se tornado importante instrumento de proteção aos recursos ambientais no país, frente ao desenfreado avanço antrópico sobre ambientes naturais. Integrante do grupo de Unidades de Conservação de Proteção Integral, os Monumentos Naturais caracterizam-se pela singularidade dos atributos naturais existentes. Apesar da sua relevância ambiental, escassos são os estudos direcionados a destrinçar as peculiaridades das UC’s e a fomentar a legislação ambiental pertinente. A análise espacial em ambiente geotecnológico, tem se mostrado uma importante ferramenta no gerenciamento e proteção das UC’s, visto que permite uma melhor representação do espaço geográfico e dos fenômenos que nele ocorrem. Este trabalho objetivou espacializar e caracterizar os Monumentos Naturais do Brasil. De modo a cumprir tal objetivo, foram utilizados os seguintes procedimentos metodológicos: i) pesquisa documental qualitativa, de acordo com Kripka (2015), mediante levantamento bibliográfico e consultas de dados referentes aos Monumentos Naturais em órgãos oficiais; ii) aplicação de ferramentas geotecnológicas. A fonte de consulta primária foi o Cadastro Nacional de Unidades de Conservação, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente. O processamento dos dados para espacialização de cada Monumento Natural foi realizado através do software computacional QGIS. Foram identificados 73 Monumentos Naturais atualmente cadastrados no país, divididos entre cinco biomas, com destaque à Mata Atlântica. Administrados em esferas de atuação federal, estadual ou municipal, 50,68% dos Monumentos Naturais não dispõem de órgão gestor. Para mais, 82,19% das unidades não possuem plano de manejo aprovado, em detrimento à existência de apenas 13 planos em todo o Brasil (17,81%). Constatou-se que os recursos naturais instituídos como Monumento Natural no país não são gerenciados à luz da importância e valor que refletem. Em face à imensidão dos atributos biológicos existentes, a caracterização físico-administrativa dos Monumentos Naturais converte-se em uma importante ferramenta na gestão dos mesmos.

Environmental vulnerability refers to the susceptibility of a region to damage when it is subjected to natural or anthropogenic actions. The assessment of environmental vulnerability in lakes is an important tool to assist managers in planning and intervening for sustainable production and environmental preservation. The combination of geotechnologies, fuzzy logic and the analytic hierarchy process (AHP) has been applied by professionals and researchers to improve the work and research conducted in various areas and environments. In this context, the objective of this work was to map the environmental vulnerability of a lake and its surroundings through fuzzy logic and the AHP method. The study area comprises the Juparanã Lagoon Drainage Surface (JLDS), Espírito Santo state, Brazil. A survey of the physical characteristics of the watershed (drainage surface) that feeds the Juparanã Lagoon was carried out and also of the land use of this surface. To achieve the proposed objectives, the following methodological steps were implemented: (a) delimitation of watersheds, (b) spatialization of Permanent Preservation Areas (APP) based on the Brazilian Forestry Code (Law nº 12,651/2012), (c) application of logic fuzzy and AHP to spatialize the environmental vulnerability and (d) application of an evaluation of environmental vulnerability to the Preservation Areas (APP). Environmental vulnerability was modeled using Euclidean distance analysis, fuzzy logic and the AHP method, as proposed by Saaty (1977). For the development of this work, geotechnologies were used, with special emphasis on the use of the free software QGIS. The analysis revealed that 31.20%, 32.86% and 20.93% of the JLDS have very high, high and medium vulnerability, respectively. The evaluation of the environmental vulnerability of the APP showed that there is protection in the APP of the JLDS at rates of 47.35%, 34.05% and 14.5% for very high, high and medium vulnerability classes, respectively. The difficulties encountered were related to the lack of studies in the area of environmental vulnerability with a particular focus on lagoons. Here, for the first time, we perform a photointerpretation of the surroundings of Juparanã Lagoon. An important improvement measure would be the application of a temporal analysis to assess the dynamics of environmental vulnerability over time, considering socioeconomic, climatic and environmental changes. This would provide a more complete understanding of the distribution of environmental vulnerability in the study area. The methodology can be adapted to consider different scales of analysis, from local to regional, national and global scales, to assess environmental vulnerability at various scopes and levels of complexity. It can also be adapted to include local communities and governments.