Resumo Este trabalho discute os efeitos da covid-19 na saúde de idosos, considerados principal grupo de risco nesta pandemia. Para tanto, partiremos de uma breve exposição demográfica do envelhecimento no Brasil para, então, discutir sobre como este período tem produzido e reforçado discursos que revelam estereótipos sobre envelhecimento. Esses discursos se relacionam com as dificuldades no enfrentamento dos efeitos deste período de distanciamento social e de suas possiblidades, tanto no contexto do cuidado residencial quanto nas instituições de longa permanência na Bahia, onde centralizamos esta discussão. Para finalizar, ressaltamos a urgência de ações organizadas e coordenadas que compreendam a complexidade do processo de envelhecimento para o enfrentamento, tanto dos discursos preconceituosos sobre os idosos quanto para os efeitos do isolamento. Também apontamos para a necessidade de nos reconhecermos e nos implicarmos nas demais gerações de que fazemos parte, seja em memória ou projeção.
A minha mãe, Sônia, inspiração por toda vida, que com cada palavra amiga e cada sonho compartilhado me deu o mundo.A meu pai, Lélio, que com seus sorrisos de apoio, seus gestos de ternura e toda segurança que somente seu abraço de pai é capaz de dar, me faz ir mais longe a cada dia.A minha irmã, Mariana, pedacinho do céu que a vida me trouxe. ix AGRADECIMENTOSinto um carinho imenso por todos que me ajudaram, de uma maneira ou de outra, a crescer junto com este trabalho. Agradeço profundamente a todos que estiveram do meu lado nas horas de angústia e de alegria. Sem as palavras de cada um de vocês, nada disso seria possível. À professora Rosana,Agradeço pelas palavras de apoio e de carinho, mas não consigo turn into words minha gratidão; por isso trago o poema de Rudyard Kipling, traduzido por Guilherme de Almeida. Acredito que assim possa tentar mostrar como você é minha inspiração: como mulher, amiga e pesquisadora. SESe és capaz de manter tua calma, quando todo mundo ao redor já a perdeu e te culpa. De crer em ti quando estão todos duvidando, e para esses no entanto achar uma desculpa.Se és capaz de esperar sem te desesperares, ou, enganado, não mentir ao mentiroso, Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares, e não parecer bom demais, nem pretensioso.Se és capaz de pensar -sem que a isso só te atires, de sonhar -sem fazer dos sonhos teus senhores. Se, encontrando a Desgraça e o Triunfo, conseguires, tratar da mesma forma a esses dois impostores.Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas, em armadilhas as verdades que disseste E as coisas, por que deste a vida estraçalhadas, e refazê-las com o bem pouco que te reste.Se és capaz de arriscar numa única parada, tudo quanto ganhaste em toda a tua vida. E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada, resignado, tornar ao ponto de partida.De forçar coração, nervos, músculos, tudo, a dar seja o que for que neles ainda existe.x E a persistir assim quando, exausto, contudo, resta a vontade em ti, que ainda te ordena: Persiste! Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes, e, entre Reis, não perder a naturalidade. E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes, se a todos podes ser de alguma utilidade.Se és capaz de dar, segundo por segundo, ao minuto fatal todo valor e brilho. Tua é a Terra com tudo o que existe no mundo, e -o que ainda é muito mais -és um Homem, meu filho!
ResumoOs estudos sobre envelhecimento vêm aumentando no Brasil e no mundo, considerando-se o que muitos têm chamado de "revolução da longevidade" (HÉBERT, 2015;MINAYO; GUALHANO, 2014). Contudo, apesar desses avanços, há escassez de investigações linguísticas da produção do discurso do idoso no Brasil. Nesse quadro, nosso trabalho procura mostrar como estudos fundamentados em uma perspectiva sócio-histórico-cultural podem contribuir para melhor compreendermos a linguagem no envelhecimento. Este trabalho visa refletir, mais especificamente, sobre o fenômeno da Dificuldade para Encontrar Palavras -uma das principais queixas dos idosos segundo Burke e Shafto (2004) -no contexto de envelhecimento "normal" (sem alteração de linguagem). Nossa reflexão fundamenta-se na Neurolinguística EnunciativoDiscursiva e mobiliza os trabalhos de Vygotsky (2010), Luria (1990Luria ( , 1991, Damico et al. (1999) e Bakhtin (2003), dentre outros importantes autores.Palavras-chave: neurolinguística; linguagem e envelhecimento; dificuldade para encontrar palavras. Word Finding Difficulties: inferences from a qualitative analysis of interviews with aged individuals AbstractStudies on aging have been increasing in Brazil and around the world, considering what many researchers have called as "the revolution of longevity" (HÉBERT, 2015;MINAYO; GUALHANO, 2014). However, despite these advances, there have been only few linguistic investigations regarding elderly speech production in Brazil. In this context, our work is an attempt to evidence how studies based on a socio-historical-cultural perspective can contribute to a better understanding of language in aging. This work aims to reflect more specifically on the phenomenon Word Finding Difficulties -one of the main complaints of the elderly people, according to Burke and Shafto (2004) -in the "normal" aging context (without language alteration). Our reflection is based on the Enunciative-Discoursive approach to Neurolinguistics and mobilizes the works of Vygotsky
Neste artigo discutimos uma visão de pesquisa que pressupõe formas de agir com potencial de superar opressões. Nossa proposta envolve a reflexão sobre uma práxis para a compreensão transformativa de realidades, tendo a linguagem como foco. Apresenta a perspectiva crítico-colaborativa, pautada na argumentação multimodal, como uma possibilidade de ação-investigação-transformação em espaços educacionais por uma sociedade mais justa e equânime. Com esse objetivo, apresentamos um exemplo de um processo crítico-colaborativo entre pesquisadores do Grupo de Pesquisa Linguagem em Atividade no Contexto Escolar em reunião de planejamento para um evento do Projeto Brincadas, cuja temática envolvia a contradição entre a fartura da festa junina e a fome vivida no Brasil. A análise do dado selecionado aponta para a importância na argumentação multimodal, materializada em aspectos como a exemplificação, as expressões faciais, os movimentos de cabeça e de corpo e, em especial, a concessão que permitem a expansão da colaboração crítica em oposição a uma argumentação para destruição do outro. Como resultado, foi possível perceber a busca por superação dos movimentos de opressão vividos no contexto acadêmico.
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