Introdução: A Constituição e a Lei de 1990 estabelecem o direito e dever do Estado na saúde pelo SUS. A Educação Permanente em Saúde (EPS) promove a reflexão e transformação nos processos de trabalho. A EPS deve ser guiada pela identificação das necessidades de saúde das pessoas, gestão local e controle social, porém ainda há uma distância entre formação e prática nos serviços de saúde e existem desafios para sua implementação efetiva. Assim, pergunta-se: como se configura a produção do conhecimento acerca das experiências de trabalhadores de instituições de saúde que se utilizam da EPS como estratégia de formação dos profissionais e gestão do trabalho em saúde? Objetivo: levantar e sistematizar o conhecimento sobre as experiências de profissionais de instituições de saúde que utilizam a EP como estratégia de formação e gestão do trabalho em saúde. Método: Estudo exploratório e de vertente qualitativa, realizado por meio de revisão integrativa da literatura. Para seleção dos artigos foram utilizadas as bases Medical Literature Analysis and Retrieval System on-line (MEDLINE) e Literatura latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). 120 artigos foram encontrados, porém após a aplicação dos critérios de inclusão na leitura de títulos e resumos oito publicações foram selecionadas e analisadas por meio da Análise de Conteúdo, modalidade temática. Resultados: Dois temas emergiram: 1) EP como espaço de escuta, diálogo e integração dos trabalhadores; e 2) vivenciando mudanças na prática a partir dos movimentos de EP contribuindo para a autonomia e segurança nas tomadas de decisões. A Educação Permanente em Saúde ainda precisa evoluir e abranger outras categorias profissionais além da Enfermagem, mas é importante que os profissionais se tornem protagonistas de seus processos de trabalho, estejam abertos à escuta do outro e dialoguem com seus colegas para contribuir para a aprendizagem e transformar a realidade. A implementação da EPS como estratégia de educação e gestão nos serviços de saúde possibilita a ação-reflexão-ação diante das necessidades de cada trabalhador, favorecendo o desenvolvimento da autonomia e das tomadas de decisões seguras e fortalecidas pelo coletivo. Considerações finais: A EPS é pouco adotada como estratégia de formação de recursos humanos na área da saúde. Ela pode criar espaços de diálogo e responsabilização dos sujeitos, construir vínculos, desenvolver a autonomia dos trabalhadores, favorecendo a aprendizagem e qualidade do cuidado. Sua implementação requer uma nova lógica de organização e cuidado em saúde, rompendo com modelos autoritários de gestão e processos centralizados no profissional de saúde em detrimento do usuário.
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