ResumoO objetivo deste trabalho é investigar o papel das estruturas subjacentes associadas à evolução tectônica regional e o seu reflexo na geomorfologia, a partir de uma abordagem morfotectônica na bacia do rio Bonito, localizada no extremo norte do município de Petrópolis, Planalto Serrano do Estado do Rio de Janeiro. As estruturas identificadas na área correspondem a falhas e famílias de juntas, que estão relacionadas com as descontinuidades de caráter regional e diretamente associadas ao contexto geológico regional ao qual se inserem, exibindo condições significativamente marcadas pelos processos vinculados à ruptura continental e abertura do Oceano Atlântico, iniciados a partir do Jurássico Superior, especialmente pela reativação de descontinuidades preexistentes. O controle tectônico-estrutural se reflete na compartimentação morfotectônica a partir (a)da integração dos dados estruturais, da análise dos lineamentos da rede de drenagem, que definem trends de lineamentos que correspondem a estruturas identificadas e medidas, (b) do relevo, que apresenta escalonamentos e o desenvolvimento de vales suspensos, e (c) da distribuição espacial da cobertura sedimentar que reproduz a complexidade de feições observadas tanto no contexto local quanto no regional. Dessa maneira, tendo como princípio que a tectônica influencia diretamente a evolução da paisagem, os dados obtidos mostram uma interferência direta das estruturas na compartimentação morfotectônica e na dinâmi-ca e evolução da paisagem da área em estudo.
Nas últimas décadas, as intervenções antrópicas têm alterado o ciclo dos processos naturais que ocorrem na superfície terrestre, com impactos que configuram o meio físico. O objetivo da pesquisa foi identificar e analisar geoindicadores (geoquímicos) de mudanças ambientais antropogênicas nos compartimentos ambientais (água e sedimentos) na bacia hidrográfica do rio Botas. A metodologia foi baseada na seleção de cinco pontos no perfil longitudinal do rio e análises laboratoriais (sedimento de leito e planície e água) para determinação dos elementos-traço: Cr, Cu, Ni, Cd, Pb e Zn. Os resultados indicaram a poluição da água e sedimentos pelos elementos Cr, Cu, Pb e Zn, com base nos valores de referência da National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) (BUCHMAN, 2008) e CONAMA (2005). Observou-se uma variabilidade de 0,1 a 1,5 (Cr), 0 a 0,2 (Pb) e 0 a 0,2 (Zn) para água (mg/l); em sedimentos de leito (mg/kg) de 5,8 a 42,2 (Cr), 2,7 a 12,4 (Pb), 1,3 a 15 (Cu) e 22,9 a 69 (Zn); e, para sedimentos de planície (mg/kg) obteve-se a variação de 5,2 a 24,6 (Cr), 2 a 36,5 (Pb), 5,7 a 17,3 (Cu) e 20 a 242,2 (Zn), com indicação de aumento gradativo em direção à jusante do rio. Considera-se que os pontos poluídos têm interferência de esgoto industrial e doméstico in natura, associados aos diversos usos e cobertura da terra, que corroboram com o aumento de elementos-traço. Tais resultados indicam a degradação antropogênica em sistema fluvial associado ao longo histórico de degradação ambiental.
O artigo tem o objetivo de identificar e analisar a relação entre os padrões de Cobertura e Uso da Terra e as condições de Temperatura da Superfície Terrestre (TST) no município de Nova Iguaçu (RJ) no período entre 1990 e 2015, a partir de dados de sensores remotos processados em programa de Sistema de Informações Geográficas de código aberto. A análise da cobertura e uso da terra, assim como o mapeamento térmico da superfície terrestre através de sensor infravermelho são ferramentas de suma importância para os estudos ambientais, gestão de recursos naturais e para o planejamento ambiental e urbano. E, atualmente, têm sido facilitada pela maior disponibilidade de geotecnologias, essenciais nos estudos sobre as alterações antrópicas, assim como para a antecipação e mitigação de impactos. As variações na TST estão diretamente relacionadas com a heterogeneidade da paisagem e mudanças na cobertura e uso da terra. Os resultados indicaram a supressão da vegetação (4,01%) e de áreas de pastagens e/ou campos abertos (13,57%). Por outro lado, observou-se o aumento expressivo da urbanização (53,7%), assim como de áreas com solos expostos (26,07%). Constatou-se a estreita relação entre as áreas construídas com as maiores temperaturas de superfície estimadas, e que merecem extrema atenção na medida em que influenciam as dinâmicas hidrogeomorfológicas e climáticas em diferentes escalas. Além disso, constatou-se o papel da cobertura vegetal na redução da TST nas áreas de Unidades de Conservação ou mesmo no seu entorno, assim como a sua influência, combinada à rugosidade do relevo, em condições de temperaturas intermediárias entre as áreas mais densamente florestadas e as áreas construídas. Com isso, ressalta-se a interação terra-atmosfera nessa área e as possibilidades da utilização de geotecnologias disponíveis de forma gratuita e de fácil acesso que podem servir como instrumentos fundamentais para tais estudos e para o planejamento ambiental e urbano.
O presente trabalhotem o objetivo analisar a bacia hidrográfica do rio Iguaçu-Sarapuí a partir de parâmetros geomorfométricos que possam contribuir para a sua caracterização e análise de condições de vulnerabilidade a enchentes. A pesquisa foi realizada a partir de levantamento bibliográfico, teórico, conceitual e metodológico. O mapeamento foi realizado com imagem SRTM, no programa ArcGIS. As análises linear, areal e hipsométricaforam baseadas em Christofoletti(1969; 1980) e Villela e Mattos (1975).Alguns parâmetros parecem mais determinantes que outros na dinâmica de escoamento nessa área e, portanto, na sua susceptibilidade a inundações, em especial os que impactam a velocidade do escoamento. Além disso, essa áreafoie ainda estásubmetida a um longo período de intervenções antrópicas que alteram a dinâmica hidrogeomorfológica e que, associadas a características indicadas pela análise morfométrica,contribuem para os recorrentes eventos de enchentes urbanas.
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