Objetivo: Analisar a percepção de enfermeiros relacionada à capacitação profissional no âmbito da Estratégia Saúde da Família e identificar possíveis estratégias de capacitação oferecidas pelos gestores municipais. Método: Estudo exploratório de abordagem qualitativa. Participaram 18 enfermeiros das equipes da Estratégia da Saúde da Família de um município do interior de Minas Gerais. A coleta de dados ocorreu em julho de 2018 por meio de entrevistas semiestruturadas e posteriormente foi realizada análise temática indutiva. Resultados: Identificou-se deficiência de capacitação profissional e dificuldade dos enfermeiros em realizarem suas atividades no cotidiano laboral, o que pode acarretar risco psicossocial no ambiente de trabalho dos enfermeiros pesquisados. Além disso, não foram identificadas estratégias por parte dos gestores para eliminar e/ou amenizar os efeitos decorrentes da insatisfação dos enfermeiros quanto a capacitação insuficiente. Conclusão: Este estudo pode promover a reflexão e compreensão por parte dos enfermeiros e gestores, acerca da importância de se proporcionar capacitação profissional de qualidade para os profissionais atuantes na Estratégia Saúde da Família. Em suma, trabalhadores bem treinados e/ou capacitados são fundamentais para garantir o melhor atendimento aos usuários destes serviços e para gozarem de melhores condições de saúde física e mental.
Como citar este artigo: Brito LJS, Murofuse NT, Leal LA, Camelo SHH. Cotidiano e organização laboral de trabalhadores de saúde em presídio federal brasileiro. Rev baiana enferm. 2017;31(3):e21834.Objetivo: analisar o cotidiano organizacional do trabalho de profissionais da saúde em uma penitenciária federal e a sua influência na saúde desses trabalhadores. Método: estudo exploratório qualitativo com seis trabalhadores da saúde com vínculo efetivo na instituição. Os dados oriundos de entrevistas semiestruturadas foram analisados de acordo com o conteúdo temático. Resultados: os resultados foram agrupados nas categorias temáticas: O cotidiano dos profissionais da saúde para o trabalho na penitenciária federal e A organização de trabalho de saúde na penitenciária federal: divisão de tarefas, baixo controle e sua influência na saúde do trabalhador. A forma de organização de trabalho da penitenciária gera situações ansiogênicas dentro e fora do ambiente de trabalho. O trabalho foi caracterizado como burocrático, sem autonomia e permeado por medo e estado de alerta. Conclusão: os profissionais da saúde que trabalham em uma penitenciária federal percebem as atividades desenvolvidas como tensas, frustrantes e desmotivadoras, podendo acarretar o seu adoecimento pelo trabalho.
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