ResumoEste estudo objetivou investigar a atuação dos alunos nas aulas de educação física, em uma atividade de jogo cooperativo. Participaram 209 alunos, com idades entre 9 e 12 anos de duas escolas de uma cidade do Estado de Minas Gerais-Brasil, do 4º e 5º anos do ensino fundamental, divididos em grupos de 5 ou 6 integrantes. O instrumento utilizado foi a ficha do modelo Planificação, Execução e Avaliação (PLEA) na qual os participantes relatavam o planejamento, a execução e a avaliação do grupo na atividade. Os resultados apontaram que esse modelo foi útil para a promoção da autorregulação da aprendizagem. Palavras-chave: autorregulação da aprendizagem, jogos cooperativos, ensino fundamental. AbstractThis study aimed to investigate the performance of students in physical education classes in a cooperative play activity. Participated 209 students, aged 9 and 12 years in two schools in a city in the state of Minas Gerais, Brazil, the 4th and 5th years of elementary school, divided into 5 or 6 members of groups. The instrument used was the form of the Planning, Implementation and Evaluation (PLEA) model in which the participants reported on the planning, execution and evaluation of the group in the activity. The results showed that this model was useful for the promotion of self-regulated learning. Keywords: self-regulated learning, cooperative games, elementary school.Os jogos cooperativos estão inseridos no ambiente educacional, nas aulas de educação física, e são vistos como um processo educativo, no qual os alunos convivem uns com os outros aprendendo a considerar o parceiro. Esses jogos oferecem a interação e a participação de todos e neles as crianças são desafiadas a se conhecerem melhor e a reforçarem a confiança em si mesmas e nos colegas e todos podem participar autenticamente, reforçando que "ganhar e perder são apenas referências para o aperfeiçoamento pessoal e coletivo" (Brotto, 1999 Já Silva e Brandl Neto (2015) observaram 54 aulas de três docentes de uma escola da rede municipal de ensino e concluíram que o propósito de desenvolver a atitude cooperativa foi incorporado pelas docentes estudadas, mesmo que tenham mostrado, em algumas situações, dificuldades para transpor suas intenções pedagógicas em ações didáticas. As autoras destacaram, então, a importância dos processos de educação continuada e de apoio ao trabalho do professor como formas possíveis para minimizar tais dificuldades.Fernándéz-Río, Gimeno, Callado e Rodríguez (2015) afirmam que ao realizar um jogo é muito importante que os alunos se organizem em grupos para um trabalho que envolva a cooperação. O planejamento, a execução da tarefa entre os grupos e o objetivo a ser alcançado devem estar muito bem explicados para que todos consigam cumprir as regras estabelecidas e consigam atingir a meta.Essas ideias vão ao encontro do que afirmam Silva, Simão e Sá (2004), de que a aprendizagem autorregulada é entendida como resultante de uma interação entre variáveis pessoais e variáveis do contexto, mutuamente relacionadas, que possibilitam ao al...
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