Este artigo apresenta experiência planejamento turístico em Pelotas, RS, conduzida pelo Grupo Gestor (GG), seguindo ações do Programa de Regionalização do Turismo do Ministério do Turismo. Realizado o diagnóstico, os integrantes do GG Pelotas participaram da análise e tomada de decisão seguindo estratégias para a consolidação de destino, considerando-se as 13 dimensões descritas no estudo. Utilizou-se uma aproximação à pesquisaação, com abordagem quali-quantitativa e descritiva, para desenvolver o planejamento em questão. Houve quatro etapas de capacitação, utilizando-se a análise SWOT para sua construção. A partir do diagnóstico, realizou-se a hierarquização das variáveis através da Matriz de Densidade. Dessa forma, foram conhecidas as estratégias prioritárias ao planejamento de Pelotas como destino turístico, fornecendo a base para a construção do plano de ação, o qual não se efetivou. A experiência trouxe aspectos positivos como a articulação dos atores para o desenvolvimento do turismo local, motivando reflexões a respeito da condução das políticas nacionais de Turismo.
O artigo trata da interação entre a paisagem e a água, pela interface entre a Geografia e o Turismo. O objetivo é refletir as narrativas dos sujeitos sobre as paisagens lacustres como proposta metodológica para o ensino do Turismo pela abordagem geográfica, tomando como área de estudo a porção da Laguna dos Patos no município de Pelotas, RS, Brasil. Ao buscar compreender as relações das sociedades com o espaço geográfico onde o componente hídrico é presente, surgem as questões: Como os sujeitos significam as suas experiências com as paisagens lacustres? De que forma as narrativas da paisagem podem auxiliar na compreensão sobre as práticas e os locais turísticos? A pesquisa tem abordagem qualitativa, fundamentada no Paradigma da Complexidade e nas correntes fenomenológicas da paisagem, tratando de valorizar o ponto de vista dos sujeitos e suas vivências no espaço geográfico. As informações foram coletadas por meio da entrevista-episódica, com representantes do setor público, privado e terceiro setor relacionados direta ou indiretamente com o turismo, bem como pesquisadores e usuários. Os procedimentos da análise global e da codificação temática subsidiaram a seleção de três elementos da natureza como chaves de interpretação da paisagem neste artigo, e a escolha dos fragmentos narrativos e fotografias que ilustram a discussão dos resultados. As narrativas da paisagem enquanto abordagem metodológica permitiu revelar as especificidades, diversidades e identidades das paisagens lacustres de Pelotas, assim como eluciar as complexidades inerentes ao turismo, a partir das práticas dos sujeitos, dos usos e das apropriações nesses locais, onde a função turística interage com outras funções do território.
O artigo aborda a relação entre os temas paisagem, patrimônio e água, para refletir a renovação do interesse social pelas práticas turístico-recreativas nos espaços lacustres. Com base na abordagem geográfica do Turismo, parte-se das práticas espaciais dos indivíduos nos locais turísticos, e de uma noção integradora da paisagem, para interrogar: qual é o papel que as paisagens lacustres ocupam nos processos de ativação turística? O objetivo é refletir sobre a valorização do patrimônio paisagístico lacustre pelo turismo nas sociedades contemporâneas, e identificar os desafios atuais à gestão pública. É realizado um estudo comparativo, de base empírica, entre dois corpos lacustres: a Laguna dos Patos, no Brasil e o Lago de Aiguebelette, na França. A pesquisa tem abordagem qualitativa, de caráter exploratório-descritivo, com dados coletados durante o período 2016-2017, através da observação em campo, entrevistas e pesquisa em materiais turísticos e sites oficiais. Os resultados permitem tecer aproximações e divergências nos processos de valorização do patrimônio paisagístico lacustre pelas sociedades e sua representação pelo turismo nos contextos estudados. A emergência de conflitos, reinvindicações e problemáticas acerca da função turístico-recreativa das paisagens lacustres permite repensar as relações entre natureza e cultura, cidadãos e paisagens de água na contemporaneidade.Palavras-chave: Turismo. Paisagem. Lago. Laguna. Gestão Pública.
As áreas de interesse ao ecoturismo geralmente estão distantes dos centros urbanos e historicamente “ilhadas” nos aspectos geográfico, político ou social, mantendo ecossistemas preservados ao longo dos tempos. O objetivo deste trabalho é apresentar alguns resultados do Projeto Lagoas Costeiras referentes às potencialidades do turismo em municípios do litoral médio e sul do Rio Grande do Sul, destacando o ecoturismo. O estudo foi desenvolvido entre 2007 e 2009, nos municípios de Mostardas, Tavares, São José do Norte e Santa Vitória do Palmar. O projeto, realizado pela Universidade de Caxias do Sul em parceria com a Embrapa Clima Temperado, teve patrocínio do Programa Petrobras Ambiental. O estudo das potencialidades turísticas teve por objetivo avaliar as condições atuais do turismo na região e suas possibilidades e limitações frente ao desenvolvimento sustentável da atividade. A pesquisa apresentou caráter exploratório-descritivo, de abordagem quantitativa e qualitativa, utilizando-se de entrevista, formulário e observação. As etapas do levantamento compreenderam: 1) Identificação dos potenciais atrativos turísticos mediante participação comunitária; 2) Classificação das potencialidades turísticas; 3) Identificação de segmentos turísticos em potencial. As comunidades estudadas apontaram uma grande diversidade de recursos naturais e culturais que foram identificados como potenciais atrativos, sendo estes principalmente relacionados ao recurso hídrico e as áreas de entorno, ambientes naturais preservados, espécies nativas, diversidade de paisagem, características geográficas peculiares, patrimônio histórico, arqueológico e paleontológico. Foi verificado um importante patrimônio natural representado pela Planície Costeira e seu sistema lagunar único, o qual compreende uma grande quantidade de corpos de água doce (Laguna dos Patos, Lagoa Mirim e Mangueira e diversas lagoas permanentes). Esse ambiente apresenta valor morfológico e paisagístico singular relacionado aos ecossistemas de seu entorno e a riqueza da biodiversidade. A região abriga, ainda, duas Unidades de Conservação: a Estação Ecológica do Taim e o Parque Nacional da Lagoa do Peixe, este reconhecido como zona núcleo da Reserva da Biosfera pela UNESCO (1992) e Sítio Ramsar pela Convenção sobre Zonas Úmidas de Importância Internacional (2003). Portanto, essa variedade encontrada no litoral médio e sul mostra-se propícia ao desenvolvimento do ecoturismo e suas práticas como: contemplação da paisagem, observação de fauna e flora (especialmente de aves), expedições científicas, fotografia e filmagem, passeios em embarcações; e, ainda, possibilidades de integração com outros segmentos turísticos. Além disso, a economia da região tem gerado preocupações frente ao avanço e a dependência de atividades de grande impacto ambiental (silvicultura, agropecuária e pesca), associadas ao sobreuso do recurso hídrico. Diante deste contexto, e da elevada fragilidade dos ecossistemas existentes, o ecoturismo surge como o segmento turístico mais adequado às características da costa sul-brasileira, demonstrando grande potencial e podendo servir como ferramenta para o desenvolvimento socioeconômico das comunidades. Porém, o turismo é hoje ainda incipiente nesta região, expressando falta de planejamento e gestão, tornando-se este um desafio à preservação dessa riqueza ambiental única no mundo. Os resultados obtidos possibilitaram a continuidade dos estudos entre 2011 e 2013, proporcionando a expansão da análise do potencial ecoturístico em outros três municípios do litoral médio e norte do Estado. Palavras-chave: Ecoturismo; Lagoas Costeiras; Rio Grande do Sul.
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