Introdução: Atualmente, observa-se níveis de pressão arterial elevados cada vez mais cedo entre adolescentes, configurando-se como um fator de risco cardiovascular importante. Objetivo: avaliar os hábitos alimentares e a frequência dos seguintes fatores de risco para hipertensão arterial em escolares: obesidade, sobrepeso, obesidade abdominal, inatividade física, antecedentes familiares e níveis pressóricos elevados. Casuística e Métodos: trata-se de um estudo exploratório descritivo, realizado em uma escola pública de ensino médio de um município do sudoeste goiano, Brasil, escolhida por conveniência, com 76 escolares. Para a coleta de dados foram utilizados os questionários “saúde na boa” e de “atividade física habitual”, ambos validados para uso na população brasileira. Os fatores de inclusão foram: indivíduos devidamente matriculados na escola; de ambos os sexos; com idades compreendidas entre 14 e 18 anos; não gestantes; isentos de qualquer tipo de medicação; sem nenhuma habilidade física reduzida. As variáveis apresentaram distribuição normal. As frequências dos fatores de risco foram avaliadas pelo teste Qui-quadrado. A comparação entre os sexos foi efetuada pelo teste t para amostras independentes e as análises de associação entre os fatores de risco e a pressão arterial foram realizadas por análise de regressão linear bivariada e multivariada. O valor de significância estabelecido foi de p < 0,05. Resultados: 82,9% dos escolares possuíam dois ou mais fatores de risco para a hipertensão, sendo os mais prevalentes a inatividade física, a obesidade abdominal e antecedentes familiares. Foram observadas associações positivas entre pressão arterial sistólica e diastólica com índice de massa corporal e circunferência abdominal. Além disso, as menores médias de atividade física foram observadas em indivíduos do sexo feminino. Em relação aos hábitos alimentares, observou-se baixo consumo de frutas e alto consumo de doces e refrigerantes. Conclusão: Esses dados deixam evidente a exposição de escolares a múltiplos fatores de risco para doenças crônicas e podem nortear ações intersetoriais de comunidades acadêmicas, autoridades educacionais e de saúde.
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