Este artigo de revisão objetiva destacar as contribuições e fazer um panorama dos estudos que utilizam a teoria das representações sociais para estudar o fenômeno da homofobia no contexto da psicologia social brasileira. A pesquisa foi realizada nas bases BVS, PePSIC e SciELO, sem demarcação de tempo. Foram encontrados sete artigos empíricos realizados no contexto brasileiro, três de cunho quantitativo e quatro qualitativos. Cinco artigos deixaram claros os modelos escolhidos, entre eles a abordagem societal e abordagem estrutural. Também apontaram quatro núcleos temáticos que não são excludentes, mas dizem respeito ao foco de cada trabalho: (1) Expressão do preconceito e natureza da homossexualidade; (2) Adoção homoparental; (3) Representações sociais da homossexualidade; (4) Professores e representações sociais da homossexualidade e diversidade sexual. Duas tendências podem ser apontadas quanto aos objetivos: (1) a compreensão das expressões do preconceito (sutil e flagrante) com base nas representações sobre a natureza da homossexualidade; (2) as representações a respeito da homossexualidade. É preciso que os estudos futuros mudem seu foco, propondo formas de enfrentamento e combate a discriminação homofóbica, além de considerar o lugar de fala de LGBT. Deixando a busca pela origem da homofobia e da homossexualidade em segundo plano.
A homofobia é um fenômeno relevante que está presente nas relações sociais, por meio de crenças, emoções, ideologias e posicionamentos. Este artigo analisou as diferentes formas de expressões da homofobia a partir de uma postagem no Facebook da página "Quebrando o Tabu" à luz da teoria das representações sociais. As relações intergrupais, presentes no coração da teoria, se constituíram como processos norteadores das discussões. A partir de um vídeo a respeito da homossexualidade foram selecionados 1.592 comentários. Os dados foram analisados pelo software IRAMUTEQ por meio de uma classificação hierárquica descendente que resultou em quatro classes de discursos. A Classe 1 (40%), denominada, "Respeito"; a Classe 2 (22.1%), "Debate político-ideológico"; a Classe 3 (12.9%), "Influência da homossexualidade para as crianças" e; por fim, a Classe 4 (25%), denominada de "Acusação aos homossexuais de deturpação da igreja". Os resultados evidenciaram em todas as classes a existência de conflitos entre grupos; diferenças entre as expressões homofóbicas; um discurso que justificava os posicionamentos por meio dos valores igualitário, além de evidenciar que as expressões contra homossexuais estavam ancoradas em três explicações, a saber, bio-religiosas, ético-morais e psicossociais.
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