RESUMOO presente texto tem por objetivo apresentar algumas reflexões sobre a estética da existência na contemporaneidade, através do pensamento filosófico de Michel Foucault e da análise sociológica de Michel Maffesoli. Essas considerações são abordadas a partir de nossas formações disciplinares em História e Filosofia, para ensaiar um diálogo entre categorias teóricas que transitam na fronteira difusa entre estética, ética, sociologia do cotidiano e filosofia política. Palavras Chave: Estética. Ética. Cuidado de si. Cotidiano.
ABSTRACTThis paper aims to present some reflections on the aesthetics of existence in contemporary times, by Michel Foucault´s philosophical thought and Michel Maffesoli´s sociological analysis. These considerations are addressed from our disciplinary backgrounds in History and Philosophy, to rehearse a dialogue between theoretical categories that pass the fuzzy boundary between aesthetics, ethics, everyday sociology and political philosophy.
No presente trabalho propõe-se continuar o diálogo sugerido por Alejandro Cerletti (2008), frisando o eixo kantiano e salientando suas implicações políticas. O Sapere aude (KANT, 1999) aparece como proposta para a irrupção do pensamento do outro, o que não se limita ao mero conhecimento, pois a Aufklärung é também um projeto filosófico-político (Kant, 1989). Esse é o primeiro ponto de discussão, pois entendo que esse singular projeto é o modo proposto por Kant tanto para o exercício do pensar como para a realização da liberdade individual e coletiva no âmbito da ação política. Dessa maneira, quando Kant define como o filósofo deveria exercer sua função específica e o para que desse exercício, estabelece uma imbricação (não superposição nem substituição) do filosofar com a ação política, considerando o filósofo como mais um dos agentes da política, com uma função específica e importante no cenário político, a partir do próprio exercício da filosofia. Aqui, então, se desdobra o segundo ponto de discussão, pois partindo desses pressupostos, quando Kant visa a formação de cidadãos do mundo, na construção e preservação de um estado civil, o exercício da filosofia não deveria se entender como uma propedêutica, e sim como uma das instâncias da formação e do exercício da política. Por isso, a formação política faz parte do currículo de filosofia não como instrumental que posteriormente seria utilizado, em âmbitos alheios à filosofia.
A guerra de baixa intensidade contras as comunidades zapatistas de Chiapas-México
ResumoEste texto é um fragmento da minha tese de doutorado, e nele é abordado um dos aspectos específicos de um dos termos da relação que foi definida como eixo central da tese, a saber: a tensão entre guerra e política no conflito político-militar no sudeste de Chiapas-México contra as comunidades rebeldes autônomas zapatistas. Esta é a relação que sugiro como chave de leitura para entender dito conflito. Dessa maneira, este texto explora a redefinição da guerra elaborada pelo governo federal mexicano e o estadual de Chiapas contra as comunidades zapatistas rebeldes em resistência, no que se conhece como guerra de baixa intensidade (GBI). Tal reconceituação e reposicionamento político-militar do Estado mexicano (e setores que o apoiam) é uma reação à redefinição de luta social proposta anteriormente pelas/os Zapatistas, no que se conhece como guerra de redes sociais.
Palavras
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