ResumoObjetivos: avaliar a prevalência e os fatores de risco para a colonização nasofaríngea e determinar o padrão de suscetibilidade à penicilina de cepas isoladas da nasofaringe de crianças com rinofaringite aguda.Metodologia: no período de 16/6/97 a 20/5/98 foram coletados 400 swabs da nasofaringe de crianças com idade entre três meses e cinco anos que apresentavam quadro clínico de rinofaringite aguda. A identificação do S. pneumoniae foi realizada através do teste de optoquina e solubilidade em bile. Todas as cepas foram triadas através do disco de oxacilina 1µg, sendo avaliada, posteriormente, a concentração inibitória mínima para penicilina pelo método do E-teste.Resultados: a prevalência da colonização nasofaríngea pelo S. pneumoniae foi de 35%. A análise dos fatores de risco associados à colonização nasofaríngea indicou que as crianças que eram institucionalizadas e que tinham irmãos menores de cinco anos apresentaram uma taxa maior de colonização. A prevalência de cepas não suscetíveis à penicilina foi de 16%. Todas as cepas apresentaram resistência intermediária (0,1mcg/ ml < CIM < 1,0 mcg/ ml). Das 19 cepas com resistência à penicilina, 7 tinham resistência intermediária (37%), e duas (11%) resistência elevada ao cotrimoxazol. Não foi observada resistência à ceftriaxona, amoxicilina, claritromicina ou cloranfenicol.Conclusões: concluímos que a prevalência da colonização nasofaríngea pelo pneumococo, em crianças menores de cinco anos com quadro de rinofaringite aguda, foi de 34,8%; as que eram institucionalizadas e tinham irmãos menores apresentaram uma maior taxa de colonização. A resistência à penicilina ocorreu em 15,6% dos isolados, não sendo detectada nenhuma cepa com resistência elevada. A taxa de resistência bacteriana encontrada foi bastante próxima à encontrada em estudo de infecções invasivas. Este fato sugere que os isolados de pneumococo da nasofaringe de crianças com infecção respiratória alta podem ser usados na vigilância da resistência antimicrobiana numa determinada comunidade.J Pediatr (Rio J) 2001; 77 (3): 227-34: pneumococo, infecções pneumocócicas, resistência bacteriana, rinofaringite. AbstractObjective: to determine the prevalence and risk factors for nasopharyngeal colonization by, and to evaluate antimicrobial susceptibility of Streptococcus pneumoniae strains in children with acute rhinopharyngitis.Methods: we collected nasopharyngeal swab specimens from 400 children aged 3 months to 5 years and with clinical status of acute rhinopharyngitis from June 16, 1997 to May 20, 1998 at the outpatient clinics of two hospitals in the city of São Paulo. Nasopharyngeal specimens were collected pernasally using a calcium alginate swab and plated immediately after collection onto trypticose soy agar with 5% sheep blood and garamicin 5 mcg/ml. Penicillin susceptibility was determined by oxacillin 1 mcg disk screening test and the minimal inhibitory concentration by the E-test.Results: Pneumococci were recovered from 139 children, indicating a colonization prevalence of 35%. The risk factor...
To determine whether serotypes of S. pneumoniae isolated from the nasopharynx (NP) are representative of data from patients with invasive disease, we collected NP swab specimens from children, between 3 months and 5 years and obtained data from 105 children hospitalized with invasive disease. The prevalence of penicillin nonsusceptible strains in the NP carriage and invasive disease group was 16.4% and 17%, respectively, in the first period and 42% and 45% in the second period. The serotypes 23F, 6A, 14 and 19F were the most common in the NP study and 14, 1, 5 and 6B were the most common in invasive infections.
Resumo Objetivos: avaliar a prevalência e os fatores de risco para a colonização nasofaríngea e determinar o padrão de suscetibilidade à penicilina de cepas isoladas da nasofaringe de crianças com rinofaringite aguda. Metodologia: no período de 16/6/97 a 20/5/98 foram coletados 400 swabs da nasofaringe de crianças com idade entre três meses e cinco anos que apresentavam quadro clínico de rinofaringite aguda. A identificação do S. pneumoniae foi realizada através do teste de optoquina e solubilidade em bile. Todas as cepas foram triadas através do disco de oxacilina 1mg, sendo avaliada, posteriormente, a concentração inibitória mínima para penicilina pelo método do E-teste. Resultados: a prevalência da colonização nasofaríngea pelo S. pneumoniae foi de 35%. A análise dos fatores de risco associados à colonização nasofaríngea indicou que as crianças que eram institucionalizadas e que tinham irmãos menores de cinco anos apresentaram uma taxa maior de colonização. A prevalência de cepas não suscetíveis à penicilina foi de 16%. Todas as cepas apresentaram resistência intermediária (0,1mcg/ ml < CIM < 1,0 mcg/ ml). Das 19 cepas com resistência à penicilina, 7 tinham resistência intermediária (37%), e duas (11%) resistência elevada ao cotrimoxazol. Não foi observada resistência à ceftriaxona, amoxicilina, claritromicina ou cloranfenicol. Conclusões: concluímos que a prevalência da colonização nasofaríngea pelo pneumococo, em crianças menores de cinco anos com quadro de rinofaringite aguda, foi de 34,8%; as que eram institucionalizadas e tinham irmãos menores apresentaram uma maior taxa de colonização. A resistência à penicilina ocorreu em 15,6% dos isolados, não sendo detectada nenhuma cepa com resistência elevada. A taxa de resistência bacteriana encontrada foi bastante próxima à encontrada em estudo de infecções invasivas. Este fato sugere que os isolados de pneumococo da nasofaringe de crianças com infecção respiratória alta podem ser usados na vigilância da resistência antimicrobiana numa determinada comunidade.
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