Introdução: A identidade não se limita à escolha do ofício ou aquisição do diploma. O trabalho da enfermeira é marcado pela dicotomia entre atividades gerenciais e assistenciais, que repercutem nas atribuições e responsabilidades técnica e legal. Objetivo: Identificar os processos de trabalho realizados por enfermeiras supervisoras no âmbito hospitalar e a interface destes com a identidade profissional. Métodos: Estudo descritivo exploratório, de abordagem qualitativa, realizado num hospital do interior da Bahia. As participantes foram nove enfermeiras, no ano de 2018. Utilizou-se a técnica de entrevista, norteada por instrumento semiestruturado. Para a análise de dados, foi adotada a hermenêutica dialética, sustentada no referencial teórico de Sanna. Resultados: As categorias resultantes da análise foram denominadas de acordo com o processo de trabalho adotado pelas enfermeiras supervisoras (administrar, assistir, ensinar, participar politicamente e pesquisar). O estudo evidenciou que a rotinização do processo de trabalho é uma necessidade apontada pelas supervisoras para o estabelecimento das competências gerenciais. Os determinantes da identidade profissional da enfermeira supervisora no âmbito hospitalar se dão através das dimensões do processo de trabalho. Conclusão: A identidade profissional dessas enfermeiras se constitui conforme os processos de trabalho que exercem (ou não) e de elementos que compõem a sua identificação como enfermeiras, influenciando como atuam na supervisão da equipe de Enfermagem e dos serviços de saúde.
Objetivo: Descrever os aspectos sociodemográficos, clínicos e laborais dos profissionais de enfermagem contaminados pela COVID-19. Metodologia: Estudo transversal e descritivo realizado com 237 profissionais de enfermagem em dois hospitais públicos da região Sudoeste da Bahia, Brasil, que foram contaminados com a COVID-19 durante o ano de 2020. A coleta de dados ocorreu entre 05 de janeiro a 04 de fevereiro de 2021, através de questionário do Google Forms enviado via aplicativo de smartphone. As variáveis foram descritas por frequência absoluta e relativa, média e desvio padrão. As diferenças entre as categorias profissionais foram avaliadas pelos testes qui-quadrado de Pearson, de tendência linear ou teste exato de Fisher. Em toda a análise foram significativos valores de p ≤0,05. Os dados foram analisados pelo pacote estatístico STATA versão 15.0. Resultados: Houve predominância do sexo feminino (90,7%), negros (76,7%), com média de idade de 37,6 anos, renda individual ≤3.135,00 (76,3%), assalariado com carteira (62,8%), trabalhadores em áreas críticas (66,2%), carga horária de trabalho ≤ 40 h. semanais (70,8%), não referiram comorbidade (73%) e sem agravamento do quadro (64,5%) clínico. Conclusão: Os aspectos sociodemográficos e laborais dos profissionais de enfermagem contaminados pela COVID-19 corroboram com o retrato dessa categoria no restante do Brasil, revelando o contexto social e desigualdades que permeiam as condições de trabalho e remuneração desses trabalhadores em saúde.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.