RESUMO Objetivou-se descrever o perfil sociodemográfico, obstétrico e assistencial de todas as internações de abortamento em maio-agosto/2012, em emergência, em estudo transversal. Resultado: 20,5% eram adolescentes, 79,5% tinham mais de 20 anos de idade e 48,7% tinham a pele parda; 84,7% foram abortos não especificados e o tempo foi apropriado entre a classificação de risco e a internação em 36,6% dos casos. Há mudanças no perfil das complicações, com redução das infecções e aumento na porcentagem de adolescentes (20,5%). Na atenção diferenciada do Programa Rede Cegonha, a avaliação de risco acolheu 90% das mulheres em 30 minutos. O sub-registro do processo de abortamento persiste pela condição de ilegalidade e por dilemas ético-morais dos profissionais.PALAVRAS-CHAVES Aborto; Complicações; Assistência hospitalar; Sub-registro. May-August/2012, in emergency, in cross-sectional
ABSTRACT It was aimed to describe the socio-demographic, obstetric and care profile of all in--door abortion hospitalizations from
Com base na análise dos dados de corte transversal provenientes do Segundo Levantamento Nacional de Álcool e Drogas realizado em 2012, utilizando-se uma amostra probabilística estratificada por conglomerado representativa da população brasileira, este estudo apresenta as prevalências de estupro e analisa a relação deste evento com o consumo de álcool. Foram considerados 1.918 homens e 2.365 mulheres, totalizando uma amostra de 4.283 indivíduos. Nossos resultados estimam a prevalência de estupro na vida em 2,6% da população geral, sendo 1,7% entre os homens e 3,5% entre as mulheres. Para ambos os sexos, as maiores prevalências se concentraram entre indivíduos com idades entre 26 e 59 anos (3,3%), com baixa escolaridade (3,8%), solteiros, divorciados ou viúvos (3,1%). Entre os indivíduos com diagnóstico para transtorno por uso de álcool de acordo com o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), 6% relataram ser vítimas de estupro, bem como, 3,3% daqueles que disseram beber pesado episódico (binge). Análises de regressão logística e multifatorial indicaram que tanto para mulheres quanto para homens a idade (aqueles entre 26 e 59 anos), o estado civil (solteiro), o diagnóstico de transtorno por uso de álcool e o beber pesado episódico são fatores associados ao aumento da probabilidade de vitimização por estupro, enquanto maior nível de educação (mais do que 9 anos de estudos) revelou-se um fator capaz de diminuir as chances de ocorrência. A identificação da amplitude desse problema de saúde pública, bem como a avaliação da urgência na implantação de medidas preventivas e assistenciais, partem do conhecimento das prevalências e do perfil sociodemográfico das vítimas.
BackgroundInternet surveys that draw from traditionally generated samples provide the unique conditions to engage adolescents in exploration of sensitive health topics.MethodsWe examined awareness of unwanted pregnancy, abortion behaviour, methods, and attitudes toward specific legal indications for abortion via a school-based internet survey among 378 adolescents aged 12–21 years in three Rio de Janeiro public schools.ResultsForty-five percent knew peers who had undergone an abortion. Most students (66.0%) did not disclose abortion method knowledge. However, girls (aOR 4.2, 95% CI 2.4-7.2), those who had experienced their sexual debut (aOR1.76, 95% CI 1.1-3.0), and those attending a prestigious magnet school (aOR 2.7 95% CI 1.4-6.3) were more likely to report methods. Most abortion methods (79.3%) reported were ineffective, obsolete, and/or unsafe. Herbs (e.g. marijuana tea), over-the-counter medications, surgical procedures, foreign objects and blunt trauma were reported. Most techniques (85.2%) were perceived to be dangerous, including methods recommended by the World Health Organization. A majority (61.4%) supported Brazil’s existing law permitting abortion in the case of rape. There was no association between gender, age, sexual debut, parental education or socioeconomic status and attitudes toward legal abortion. However, students at the magnet school supported twice as many legal indications (2.7, SE.27) suggesting a likely role of peers and/or educators in shaping abortion views.ConclusionsAbortion knowledge and attitudes are not driven simply by age, religion or class, but rather a complex interplay that includes both social spaces and gender. Prevention of abortion morbidity and mortality among adolescents requires comprehensive sexuality and reproductive health education that includes factual distinctions between safe and unsafe abortion methods.
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